Mudanças Climáticas

Apesar do pouco progresso ocorrido até agora na 18ª Conferência das Partes (COP 18) da ONU, em Doha, no Catar, algumas iniciativas para a mitigação das mudanças climáticas foram tomadas, evitando o total fracasso do encontro. Uma dessas ações foi um tratado assinado por diversos países para conter a emissão dos chamados poluentes climáticos de curta duração.

Ministros de 25 nações concordaram em reduzir a liberação do carbono negro (fuligem), do metano e do ozônio. Apesar de serem emitidos em menor quantidade e durarem menos tempo na atmosfera do que o dióxido de carbono (CO2), principal gás do efeito estufa (GEE), os poluentes de curta duração são mais potentes do que o CO2, o que faz com que contribuam bastante para as mudanças climáticas.

Com a diminuição da emissão destas substâncias, a Coalizão Climática e do Ar Limpo (CCAC) poderia reduzir as estimativas de aquecimento global em até 0,5ºC até 2050. Além do carbono negro, do metano e do ozônio, outros gases, provenientes de processos industriais, como o HFC, também devem ser reduzidos, o que pode evitar a emissão do equivalente a 100 bilhões de toneladas de CO2.

Entre as iniciativas para diminuir essas substâncias estão a instalação de equipamentos de monitoramento e redução de poluição em usinas de energia, o uso do metano para a produção de energia etc. Para ajudar nos projetos, o Banco Mundial planeja fornecer financiamento de cerca de US$ 5 bilhões.

Muitos países ainda não decidiram se vão se unir à iniciativa da CCAC, mas os participantes afirmaram que as negociações para a inclusão de membros estão ocorrendo de forma cooperativa.

“Reduzir rapidamente os poluentes climáticos de curta duração representa uma ação de apoio e adicional com benefícios em curto prazo que precisa ocorrer de qualquer forma. De fato, apenas para benefícios para a saúde humana e a segurança alimentar, sem falar nos climáticos, as nações precisam agir se elas querem levar a sério a transição para uma economia verde inclusiva e realizar um desenvolvimento sustentável”, comentou Achim Steiner, diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

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