Mudanças Climáticas

Apesar do pouco progresso ocorrido até agora na 18ª Conferência das Partes (COP 18) da ONU, em Doha, no Catar, algumas iniciativas para a mitigação das mudanças climáticas foram tomadas, evitando o total fracasso do encontro. Uma dessas ações foi um tratado assinado por diversos países para conter a emissão dos chamados poluentes climáticos de curta duração.

Ministros de 25 nações concordaram em reduzir a liberação do carbono negro (fuligem), do metano e do ozônio. Apesar de serem emitidos em menor quantidade e durarem menos tempo na atmosfera do que o dióxido de carbono (CO2), principal gás do efeito estufa (GEE), os poluentes de curta duração são mais potentes do que o CO2, o que faz com que contribuam bastante para as mudanças climáticas.

Com a diminuição da emissão destas substâncias, a Coalizão Climática e do Ar Limpo (CCAC) poderia reduzir as estimativas de aquecimento global em até 0,5ºC até 2050. Além do carbono negro, do metano e do ozônio, outros gases, provenientes de processos industriais, como o HFC, também devem ser reduzidos, o que pode evitar a emissão do equivalente a 100 bilhões de toneladas de CO2.

Entre as iniciativas para diminuir essas substâncias estão a instalação de equipamentos de monitoramento e redução de poluição em usinas de energia, o uso do metano para a produção de energia etc. Para ajudar nos projetos, o Banco Mundial planeja fornecer financiamento de cerca de US$ 5 bilhões.

Muitos países ainda não decidiram se vão se unir à iniciativa da CCAC, mas os participantes afirmaram que as negociações para a inclusão de membros estão ocorrendo de forma cooperativa.

“Reduzir rapidamente os poluentes climáticos de curta duração representa uma ação de apoio e adicional com benefícios em curto prazo que precisa ocorrer de qualquer forma. De fato, apenas para benefícios para a saúde humana e a segurança alimentar, sem falar nos climáticos, as nações precisam agir se elas querem levar a sério a transição para uma economia verde inclusiva e realizar um desenvolvimento sustentável”, comentou Achim Steiner, diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

1 Encontro de Museus Indígenas de PE


Agricultores conhecem GPS usado pelo Interpa para medição de propriedades rurais

Os agricultores que participaram da 3ª Conferência de Desenvolvimento Rural Sustentável, realizada em João Pessoa, nesta segunda-feira (3) e terça-feira (4), conheceram os modernos GPS utilizados pela Interpa. Só em 2012 foram delimitados cerca de mil hectares de terra em todo o Estado, o dobro do registrado no ano passado. O trabalho é feito com o uso de equipamentos de GPS, por meio de parceria entre a União e o Governo do Estado.

“Esses são equipamentos que nos ajudam a cumprir a determinação da Lei 10.267, de 2001. Segundo a lei, a medição de terra só é reconhecida pelo Governo Federal, quando é feita de forma idônea, garantida. O satélite nos dá a precisão necessária ao cumprimento da lei”, explicou Nivaldo Magalhães, presidente do Interpa. “A cada ano, passamos a usar mais e mais o GPS, o que resulta num aumento significativo nas medições de terra. É importante ressaltar também que toda terra comprada, por meio do crédito fundiário, exige a medição via satélite e é o que temos feito”, completou.

Dezenas de agricultores que visitam Conferência de Desenvolvimento Rural Sustentável, promovida pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), aproveitam para conhecer melhor o equipamento de medição. “É interessante saber que a extensão da terra pode ser medida com o uso de um equipamento que está lá em cima”, brinca José Ronaldo da Silva, um dos visitantes do estande do Interpa, se referindo ao satélite.

Lagoa Seca e Remígio – Na próxima semana, o Interpa realiza a licitação do convênio que vai garantir a medição de terra por GPS em Lagoa Seca e Remígio. “Trata-se de um convênio entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário, através da Secretaria de Reordenamento Agrário; e o Governo do Estado, com o Interpa”, revelou Nivaldo. “A previsão é de que o trabalho de campo comece no primeiro trimestre de 2013”.

Fonte: http://www.paraiba.pb.gov.br/

Chamado BioRegionalRio Tamoios

Repassando...

Convocamos os coletivos, grupos alternativos, comunidades, ativistas, agroecológic@s, permacultor@s, ambientalistas, artistas, agentes sociais... para nos reUnirmos no dia 07/12/12 as 19h para um Círculo de visões, sentimentos, sonhos e planejamentos para sincronizarmos ações e movimentos de preservação e resguardo de nosso ambiente Bioregional que abrange quase todo estado do RJ. Já realizamos diversos encontros Bioregionais, mutirões, bioconstruções, troca de sementes... conectando nossas experiências na BioRegionalRio e fortalecendo o trabalho em rede!!! 

Encontros e Mutirões já foram realizados nas seguintes comunidades: Sítio dos Gaviões (Paraty), Casa da Floresta (Floresta da Tijuca), Aldeia Maracanã (Tijuca), Verdejar (Engenho da Rainha), Bicho Solto (Teresópolis), Seiva (Cachoeira de Macacu), Assentamento Gleba Aldeia Velha (Silva Jardim), Aldeia da Mata Atlântica (Aldeia Velha), Eletrorganico (Bananeiras), Rainbow Brasil (Sta Luzia/lumiar)...

As missões da BioregionalRio: Envolvimento Sustentável Ecológico, Identificação e mapeamento de iniciativas e pólos locais, difundir práticas e técnicas permaculturais e agroecológicas, troca de saberes e produtos orgânicos, economia solidária, cuidar da Terra com mutirões de AgroFlorestamento e Redes de Sementes, construir relações entre lideranças para o fortalecimento de grupos locais e promover uma cultura de paz!

“Cada vez mais pessoas reconhecem que precisamos nos tornar guardiões dos lugares em que vivemos se queremos ter ar puro, água limpa e alimentos saudáveis. começamos a sentir a perda que implica não conhecer nossos vizinhos e a natureza que nos rodeia; e estamos descobrindo que a melhor maneira de cuidar de nós mesmos
é conhecer nossos vizinhos, é proteger e restaurar a nossa região. O biorregionalismo reconhece, nutre, sustenta e celebra nossas conexões locais com: a terra, as plantas e os animais, o ar. os mananciais, lagos e rios, a água subterrânea e os oceanos, o fogo, as famílias, os amigos e vizinhos a comunidade, as tradições nativas os sistemas locais de produção e intercâmbio”… (Manifesto Bioregionalista, 1984)

Nosso próximo encontro será na Aldeia Maracanã dia 07/12/12 as 19h! Vamos nos Unir em círculo, compartilhar visões e sentimentos, conectar nossos corações e celebrar na fogueira com canções e manifestações artísticas! Levem frutas, legumes e lariquinhas para compartilhar! Vamos fazer chapati, batata na brasa e chá e celebrar com muito amor e alegria! Compareça! Sua presença é muito importante! Vamos juntos tecer nossa rede e visualizar nossos próximos passos!!! 

Nos dias que sucedem esse encontro dias 08 e 09 de Dezembro haverá mutirão agroecológico organizado pela REGA (Rede Nacional de Grupos de Agroecologia) que também será uma ótima oportunidade para se conectar e conhecer essa rede! 

Nesse período estará acontecendo também o festival Nova Terra aldeia Maraca-nã! 

O Movimento Nova Terra, há muito tempo se prepara para realizar um encontro especial nesse período tão importante para Gaia do mês de dezembro de 2012. Já tínhamos um local especial que estava preparado para receber pessoas das 7 direções, mas devido as sincronias desse momento e das necessidades da presença de nossa família e de nossas práticas na Aldeia Maraca-nã no Rio de Janeiro, foi decidido focar lá e realizar lindo encontro artivista, com muitas ArteCoolAções, oficinas, troca de saberes e cerimônias dentro da Aldeia e em lugares especiais do Rio de Janeiro. 

Essa será a Aldeia Nova Terra Artivista Maraca-nã, que forma a sigla ANTAM que em sânscrito significa o Rito Final. Será um momento para nos articularmos internamente e internacionalmente para a implementação de novos paradigmas sociais, econômicos, ambientais e políticos na prática, co-criando soluções e aplicando algumas outras que já estão dando certo Mundo a fora. Venha trazer suas soluções e energia para essa co-criação de uma Nova Terra.
veja ae se está bom ou reduza o que não achar importante

A Aldeia Maracanã fica na Tijuca Radial Oeste antigo portão 13 do Maracanã!!! Sejam bem vind@s!!! 

Assine a Petição! Vamos Salvar a Amazônia.







Você concorda com esse absurdo que está acontecendo na Amazônia?
Nem a gente! Por isso, o Greenpeace lançou uma campanha para levar uma lei de iniciativa popular ao Congresso, para acabar com o desmatamento no Brasil.

O RxECO -Reviva X Ecologia apoia essa ideia:

Ajude a levar o Desmatamento Zero ao Congresso, assine a Petição a baixo:

ATUALIDADES EM SANEAMENTO BÁSICO

SANEAMENTO BÁSICO

No período entre os Censos Demográficos 2000 e 2010, a infraestrutura de saneamento básico apresentou melhorias no abastecimento de água por rede geral, no esgotamento por rede geral e fossa séptica, e na coleta de lixo dos domicílios. As regiões menos desenvolvidas do País apresentaram crescimentos significativos no período, embora os avanços alcançados na prestação de serviços de saneamento básico não tenham sido sufi cientes para diminuir as desigualdades regionais no acesso às condições adequadas, sobretudo se forem comparados os moradores de domicílios localizados nas áreas rurais com os das áreas urbanas. 

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

A prestação de serviço de abastecimento de água por rede geral está associada à melhor qualidade de vida dos moradores em domicílios particulares permanentes por representar maior grau de conforto e, por princípio, tratar-se de um fornecimento de água de melhor qualidade. 

O crescimento do serviço de abastecimento de água por rede geral ocorreu em todas as Grandes Regiões do País, embora de forma desigual. As Regiões Sudeste e Sul, em 2010, continuaram sendo as que tinham os maiores percentuais de domicílios ligados à rede geral de abastecimento de água (90,3% e 85,5%, respectivamente), em contraste com as Regiões Norte e Nordeste que, apesar dos avanços, continuaram com os percentuais mais baixos (54,5% e 76,6%, respectivamente). Em 2000, a cobertura das áreas urbanas que apresentavam domicílios ligados à rede de abastecimento acima de 90% era restrita às Regiões Sudeste e Sul. Em 2010, ela se amplia também para o Nordeste (90,5%) e Centro-Oeste (90,0%). A expansão da rede geral de abastecimento de água se deu de forma significativa em direção às áreas rurais. Na Região Sul, a proporção de domicílios rurais com abastecimento por rede passou de 18,2%, em 2000, para 30,4%, em 2010. Na Região Nordeste, no mesmo período, o crescimento da proporção de domicílios rurais com rede geral foi ainda maior (18,7% e 34,9%, respectivamente). A Região Norte, com a menor proporção de domicílios ligados à rede geral de abastecimento de água em 2010 (54,5%), apresentou um crescimento proporcional, em relação ao ano de 2000 mais acelerado na área rural do que na urbana: na rural foi um aumento de 7,9 pontos percentuais, enquanto no urbano e de 3,7 pontos percentuais.

ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Das condições de saneamento básico, o esgotamento sanitário é o que apresenta o mais longo caminho a ser percorrido para atingir índice satisfatório que possa garantir melhorias nas condições de moradia e de saúde da população, bem como preservar a qualidade do meio ambiente. No decorrer dos dez anos entre os Censos Demográficos, aumentou a proporção de domicílios ligados à rede geral de esgoto ou com fossa séptica em quatro das cinco Grandes Regiões do País. A Região Norte apareceu como exceção, onde o aumento de 2,0 pontos percentuais na área rural não foi sufi ciente para compensar a queda de 6,1 pontos percentuais ocorrida nas áreas urbanas. A Região Sudeste continuou com as melhores condições de esgotamento sanitário, passando de uma cobertura de 82,3% dos domicílios, em 2000, para 86,5%, em 2010, com maior concentração nos domicílios urbanos nos dois períodos. Segue-se a Região Sul, que passou de 63,8% para 71,5% dos domicílios com esgotamento adequado. A Região Centro-Oeste apresentou o maior crescimento de domicílios com rede geral ou fossa séptica no período, acima de 10 pontos percentuais. A despeito da melhoria das condições de esgotamento sanitário, a Região Centro-Oeste tinha pouco mais da metade de seus domicílios com saneamento adequado (51,5%) e as Regiões Norte e Nordeste apresentaram patamares ainda mais baixos (32,8% e 45,2%, respectivamente). Nessas  regiões, as fossas rudimentares eram a solução de esgotamento sanitário tanto para domicílios urbanos quanto para rurais.


COLETA DE LIXO 

Como os demais serviços de saneamento, a coleta de lixo aumentou no período entre os Censos Demográficos em todas as Regiões, chegando a 2010 com uma ampla cobertura: a mais abrangente se encontrava na Região Sudeste (95%), seguida da Região Sul (91,6%) e da Região Centro-Oeste (89,7%). As Regiões Norte e Nordeste, que tinham menor cobertura, foram as que apresentaram crescimento mais alto no período, um aumento de 16,6 pontos percentuais e 14,4 pontos percentuais, respectivamente. Nas áreas urbanas de todas as Grandes Regiões, o serviço de coleta de lixo dos domicílios estava acima de 90%, variando de 93,6% na Região Norte a 99,3% na Região Sul. Nas áreas rurais do País, o serviço de coleta se ampliou em comparação a 2000, passando de 13,3% para 26,9% em 2010. 

Em relação às demais formas de destino do lixo, há melhoras no quadro apresentado em 2010, principalmente nas áreas rurais. A dificuldade e o alto custo da coleta do lixo rural tornam a opção de queimá-lo a mais adotada pelos moradores. Essa alternativa cresceu em torno de 10 pontos percentuais, passando de 48,2%, em 2000, para 58,1%, em 2010. A solução de jogar o lixo em terreno baldio, que, em 2000, era a adotada por moradores de 20,8% dos domicílios, reduziu-se para 9,1% em 2010.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

BARROS, R. T. V. et al. Saneamento. Belo Horizonte : Escola de Engenharia da UFMG, 1995. 221 p. (Manual de Saneamento e Proteção Ambiental Para Os Municípios, 2). 

BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Manual de saneamento. 3. ed. rev. - Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2004. 408 p. ISBN: 85-7346-045-8. 

CORDEIRO, J. S., 2000. Importância do tratamento e disposição adequada dos lodos de ETAs. In: Noções Gerais de Tratamento e Disposição Final de Lodos de Estações de Tratamento de Água (M. A. P. Reali, org.), pp. 1-19, Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. 

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Rio de Janeiro, RJ – Brasil. ISSN - 1676-4935 (CD-ROM) ISSN - 0104-3145 (meio impresso), 2011. 

METODOLOGIA do censo demográfi co 2000. Rio de Janeiro: IBGE, 2003. 574 p. (Série relatórios metodológicos, 25). Disponível em: . Acesso em: 16 out 2011. 

OLIVEIRA, A. L. S de. Saneamento básico no Brasil: limites e possibilidades de atuação do setor privado. Dissertação (Mestrado) – UFBA, 2004. Salvador: A. L. S. de Oliveira, 2004. 97 p. il. tab. 

SOARES, S. R. A.; BERNARDES, R. S. & CORDEIRO NETTO, O. M. Relações entre saneamento, saúde pública e meio ambiente: elementos para formulação de um modelo de planejamento em saneamento. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 18(6):1713-1724, nov-dez, 2002

SANEAMENTO BÁSICO

INTRODUÇÃO

A poluição do meio ambiente é assunto de interesse público em todas as partes do mundo. Não apenas os países desenvolvidos vêm sendo afetados pelos problemas ambientais, como também os países em desenvolvimento. Isso decorre de um rápido crescimento econômico associado à exploração de recursos naturais. Questões como: aquecimento da temperatura da terra; perda da biodiversidade; destruição da camada de ozônio; contaminação ou exploração excessiva dos recursos dos oceanos; a escassez e poluição das águas; a superpopulação mundial; a baixa qualidade da moradia e ausência de saneamento básico; a degradação dos solos agricultáveis e a destinação dos resíduos (lixo) são de suma importância para a Humanidade.
O saneamento básico no Brasil tem sido alvo de crescentes debates, num contexto em que o País sinaliza na direção da retomada do crescimento e desenvolvimento econômico. Infraestrutura adequada e universalidade do atendimento dos serviços de saneamento básico são fatores cruciais para a identificação de desenvolvimento sustentável de um país. Ao se refletir sobre o conceito de desenvolvimento humano, como sendo o direito a uma vida saudável, longa e ao acesso às informações e aos recursos que possibilitem melhorar suas condições de vida, percebe-se que as ações necessárias para produzir tal progresso, por vezes, entram em choque com o conceito de crescimento econômico. Este traz consigo a tendência à exploração dos recursos naturais a um grau e velocidade maiores do que a capacidade de restauração natural que ocorre no ciclo da biosfera.
O problema envolto neste tema é capaz de gerar os mais diversos processos conflituosos, que promovem e estimulam discussões científicas em várias áreas de conhecimento. Logicamente, são debates que, embora possam envolver idéias divergentes entre si, acabam por fornecer sua parcela de contribuição para a definição de soluções.
Quando se percebe que a literatura já existente, de cada área de conhecimento, fornece subsídios para se mapear os problemas, acredita-se mais na possibilidade da determinação das soluções. Assim é que a questão do saneamento básico tem originado demandas cognitivas econômicas, administrativas, jurídicas, financeiras e contábeis, educativas, tecnológicas e computacionais, estatísticas, sociais, médicas, ambientais, biológicas, químicas, geográficas, históricas, sem mencionar o conhecimento eminente de engenharia, indispensável para a constituição dos sistemas essenciais do saneamento básico.
Mas o saneamento básico trabalha, especialmente, com um bem da vida. A água, apesar de ser conceituada, também, sob os mais diversos pontos de vista, acima de tudo e um bem cujas propriedades são essenciais para a existência dos seres vivos. Deste modo, a disponibilidade de água em cada local habitado no planeta é pré-requisito para a continuidade da vida.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), saneamento é o controle de todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem estar físico, mental e social. De outra forma, pode-se dizer que saneamento caracteriza o conjunto de ações socioeconômicas que têm por objetivo alcançar Salubridade Ambiental. A oferta do saneamento associa sistemas constituídos por uma infraestrutura física e uma estrutura educacional, legal e institucional.
No caso do Brasil, o Saneamento Básico apresenta um déficit persistente no atendimento à faixa considerável de sua população. As propostas e sugestões para a minimização deste déficit e melhoria dos serviços são muitas e grande parte delas envolve a participação de empresas privadas.

LEI Nº 11.445, DE 05 DE JANEIRO DE 2007
Esta Lei estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento básico.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
I - Universalização do acesso;
II - Integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico, propiciando à população o acesso na conformidade de suas necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados;
III - Abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente;
IV - Disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado;
V - Adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais e regionais;
VI - Articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante interesse sociais voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator determinante;
VII - Eficiência e sustentabilidade econômica;
VIII - Utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de pagamento dos usuários e a adoção de soluções graduais e progressivas;
IX - Transparência das ações, baseada em sistemas de informações e processos decisórios institucionalizados;
X - Controle social;
XI - segurança, qualidade e regularidade;
XII - Contegração das infra-estruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos.
SANEAMENTO BÁSICO: CONJUNTO DE SERVIÇOS, INFRA-ESTRUTURAS E INSTALAÇÕES OPERACIONAIS:
a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição;
b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente;
c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas;
d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas.
SERVIÇOS PÚBLICOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Consideram-se serviços públicos de abastecimento de água a sua distribuição mediante ligação predial, incluindo eventuais instrumentos de medição, bem como, quando vinculadas a esta finalidade, as seguintes atividades:
I - Reservação de água bruta;
II - Captação;
III - Adução de água bruta;
IV - Tratamento de água;
V - Adução de água tratada; e
VI - Reservação de água tratada.
SERVIÇOS PÚBLICOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Consideram-se serviços públicos de esgotamento sanitário os serviços constituídos por uma ou mais das seguintes atividades:
I - coleta, inclusive ligação predial, dos esgotos sanitários;
II - transporte dos esgotos sanitários;
III - tratamento dos esgotos sanitários; e
IV - disposição final dos esgotos sanitários e dos lodos originários da operação de unidades de tratamento coletivas ou individuais, inclusive fossas sépticas.
SERVIÇOS PÚBLICOS DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
Consideram-se serviços públicos de manejo de resíduos sólidos as atividades de coleta e transbordo transporte, triagem para fins de reutilização ou reciclagem, tratamento, inclusive por compostagem, e disposição final dos:
I - resíduos domésticos;
II - resíduos originários de atividades comerciais, industriais e de serviços, em quantidade e qualidade similares às dos resíduos domésticos, que, por decisão do titular, sejam considerados resíduos sólidos urbanos, desde que tais resíduos não sejam de responsabilidade de seu gerador nos termos da norma legal ou administrativa, de decisão judicial ou de termo de ajustamento de conduta; e III - resíduos originários dos serviços públicos de limpeza pública urbana, tais como:
a) serviços de varrição, capina, roçada, poda e atividades correlatas em vias e logradouros públicos;
b) asseio de túneis, escadarias, monumentos, abrigos e sanitários públicos;
c) raspagem e remoção de terra, areia e quaisquer materiais depositados pelas águas pluviais em logradouros públicos;
d) desobstrução e limpeza de bueiros, bocas de lobo e correlatos; e
e) limpeza de logradouros públicos onde se realizem feiras públicas e outros eventos de acesso aberto ao público.
SERVIÇOS PÚBLICOS DE MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
Consideram-se serviços públicos de manejo das águas pluviais urbanas os constituídos por uma ou mais das seguintes atividades:
I - drenagem urbana;
II - transporte de águas pluviais urbanas;
III - detenção ou retenção de águas pluviais urbanas para amortecimento de vazões de cheias;
IV - tratamento e disposição final de águas pluviais urbanas.
A cobrança pela prestação do serviço público de manejo de águas pluviais urbanas deverá levar em conta, em cada lote urbano, o percentual de área impermeabilizada e a existência de dispositivos de amortecimento ou de retenção da água pluvial, bem como poderá considerar:
I - nível de renda da população da área atendida; e
II - características dos lotes urbanos e as áreas que podem ser neles edificadas.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

BARROS, R. T. V. et al. Saneamento. Belo Horizonte : Escola de Engenharia da UFMG, 1995. 221 p. (Manual de Saneamento e Proteção Ambiental Para Os Municípios, 2). 

BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Manual de saneamento. 3. ed. rev. - Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2004. 408 p. ISBN: 85-7346-045-8. 

CORDEIRO, J. S., 2000. Importância do tratamento e disposição adequada dos lodos de ETAs. In: Noções Gerais de Tratamento e Disposição Final de Lodos de Estações de Tratamento de Água (M. A. P. Reali, org.), pp. 1-19, Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. 

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Rio de Janeiro, RJ – Brasil. ISSN - 1676-4935 (CD-ROM) ISSN - 0104-3145 (meio impresso), 2011. 

METODOLOGIA do censo demográfi co 2000. Rio de Janeiro: IBGE, 2003. 574 p. (Série relatórios metodológicos, 25). Disponível em: . Acesso em: 16 out 2011. 

OLIVEIRA, A. L. S de. Saneamento básico no Brasil: limites e possibilidades de atuação do setor privado. Dissertação (Mestrado) – UFBA, 2004. Salvador: A. L. S. de Oliveira, 2004. 97 p. il. tab. 

SOARES, S. R. A.; BERNARDES, R. S. & CORDEIRO NETTO, O. M. Relações entre saneamento, saúde pública e meio ambiente: elementos para formulação de um modelo de planejamento em saneamento. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 18(6):1713-1724, nov-dez, 2002

Código Florestal: o que restou?


Roberto Malvezzi (Gogó)

O Código Florestal brasileiro nasceu em 1934. Ali está seu nervo central. Mas já nasceu pela preocupação de tantos naturalistas que, já naquela época, sabiam perfeitamente da interface das florestas com ciclo das águas, inclusive de sua agressividade a terrenos e territórios desprovidos de vegetação, provocando enchentes e erosões. Era também a manifestação do cuidado com as florestas, já em processo de dizimação.
Mas, quando os militares chegaram ao poder, eles fizeram uma nova e profunda modificação no Código (Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965), estabelecendo uma série de referenciais agora derrubados pela Ditadura Ruralista. Foi a lei que demarcou a proteção das matas ciliares, nascentes, encostas, etc.
Essa lei não veio por acaso. Os militares queriam implantar a ferro e fogo o capitalismo no campo, através de grandes empresas, entrando pela Amazônia – depois o Cerrado – e sabiam que alguma proteção aos mananciais e às florestas tinha que ser implementada.
Então, o capital devorou o Cerrado e as franjas da Amazônia. Pior, entrou pelas áreas de proteção que garantem a água e a biodiversidade necessárias à natureza e ao povo brasileiro para plantar cana, soja e pôr as patas do gado. Com o avanço da consciência ambiental veio a cobrança dos crimes ambientais. Então, para não pagar, os ruralistas mudaram a lei.
O que restou dessa batalha? Não muito, se formos olhar em termos efetivos de preservação de nascentes, rios, água de qualidade, biodiversidade para as gerações futuras. O grande pulo do gato foi estabelecer uma nova gradação, particularmente nos rios maiores, onde a necessidade proteção caiu de 500 metros para rios com mais de 600 metros de largura, para apenas 100 metros. Vejam com um exemplo.
O São Francisco tem 2700 km de comprimento. Hoje não tem mais que 5% de matas ciliares. Se fosse para ser recomposto em sua totalidade, com uma extensão de 500 metros em cada margem, seria necessária a recomposição de 2700 km2 de matas ciliares. Com a nova lei cai em 80% essa exigência, ficando a exigência legal de apenas 540 km2. O problema não é somente a vegetação: ai estão chácaras, mansões, clubes, tudo que faz a vida da burguesia. Aí cada um pode tirar as suas conclusões.
Os tais vetos de Dilma, no apagar das luzes, tem sua importância para os rios menores, também para os pequenos agricultores, mas está longe de sustentar uma visão científica e moderna do que seja riqueza natural e sua importância para um povo. Depois de torturarem o Código, o veto funciona como uma espécie de salmora. Aquele sorriso amarelo de quem levou uma goleada de 10 x 1, mas ficou feliz por fazer um gol de honra ao final do jogo.
Para evitar novamente falsas interpretações, reafirmo que estou fazendo a comparação com o regime militar no que toca ao Código Florestal. Então, repito a frase que causou polêmica no texto anterior “Código Florestal: derrota humilhante”: “nem no Regime Militar sofremos uma derrota tão humilhante”.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS MUNÍCIPAIS DE PATOS-PB PROGRAMA IDEA- INFORMAÇÃO, DESENVOLVIMENTO DE MEIOS SUSTENTÁVEIS



Rafaella de Lucena SALVIANO (CCEA/UEPB - Graduanda) – rafi.lucena@hotmail.com
Roberto de Sousa NASCIMENTO (PPGCS/UFPB – Pós-graduando) – roberto.uni@gmail.com
Rosângela da Silva FIGUEREDO (CCEA/UEPB – Orientadora) - figueredo.rosa@hotmail.com
Ricardo de Sousa NASCIMENTO (IFPB/Picuí - Graduando) - ricardosousapb@gmail.com

Resumo

A Educação Ambiental surge como uma das possíveis estratégias de enfrentamento da crise econômica, cultural e social em que vivemos. Sua perspectiva crítica e emancipatória visa a deflagração de processos nos quais a busca individual e coletiva por mudança, com isso viemos por meio do Projeto de Extensão do Programa Ideia promover a conscientização dos alunos e a práticas da reciclagem dos resíduos orgânicos em algumas escolas do município de Patos - PB, bem como a inserção de professores neste contexto de mudança de hábitos. O projeto foi conduzido no período de agosto de 2011 a agosto de 2012 por alunos do curso de Bacharelado em Administração e colaboradores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Campus VII, município de Patos - PB, na mesorregião do Sertão Paraibano. Toda ação foi desenvolvida através de seminários e palestras, bem como a demonstração prática da compostagem de resíduos orgânicos, visando a formação do pensamento crítico dos alunos a respeito da responsabilidade socioambiental. Apesar de ser um desafio para escolas, a educação ambiental deve ser conduzida de forma interdisciplinar que integre a comunidade escolar e extraescolar. Dessa forma, conseguimos conciliar teoria e prática, sendo possível observar, analisar e repensar fatos e situações inerentes ao problema do lixo no meio ambiente.
Palavras-chaves: Educação ambiental; resíduos orgânico; conscientização.

Abstract

Environmental education emerged as one of the possible strategies for dealing with the economic crisis, cultural and social environment in which we live. Its critical and emancipatory aims to trigger processes in which the quest for individual and collective change, with it came through Project extension program Idea promote awareness of students and the practices of recycling organic waste in some schools of the city of Patos - PB, as well as the inclusion of teachers in this context of changing habits. The project was carried out from August 2011 to August 2012 by students of Bachelor in Administration and collaborators from the State University of Paraíba (UEPB), Campus VII, city of Patos - PB, the region Sertão Paraibano. Every action was developed through seminars and lectures as well as practical demonstration of composting organic waste, for the training of students' critical thinking about environmental responsibility. Despite of the fact that it is a school challenge, the environmental education should be developed in an interdisciplinary context that integrates community inside and outside the school. Thereby, can combine theory and practice, being able to observe, analyze and rethink on facts and situations inherent to the problem of trash on environment.
Keywords: Environmental education, organic waste; awareness.

Introdução

O meio ambiente é onde se manifesta a vida em todas as suas formas, e todos os elementos nele existentes, observando assim ainter-relação entre os mesmos e o meio em que vive (FARIAS, 2007). O problema do lixo apresenta riscos para saúde, flora e fauna, Leite (2003) conceitua lixo como todo e qualquer resíduo que aparentemente não tem utilidade e resulta das atividades diárias do homem na sociedade.
Com o aumento da população, consequentemente maiores as quantidades de resíduos gerados, Segundo Pereira Neto (1999), lixo é uma massa heterogênea de resíduos sólidos, resultantes das atividades humanas, os quais podem ser reciclados e parcialmente utilizados, entre outros benefícios, proteção à saúde pública e economia de energia e de recursos naturais. Neste contexto observamos a importância da conscientização da comunidade escolas e extraescolar sobre a problemática socioambiental do lixo.
A educação ambiental leva a sensibilização que estimula a comunidade a encarar o meio em que vive como parte integrante de suas vidas, ela deve estar inserida em diversas disciplinas educativas e experimentos educativos ao conhecimento e a compreensão do meio ambiente (SOUZA, 2011).
O atual modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios, pois, por um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a degradação ambiental e a poluição aumentam dia-a-dia. Diante desta constatação, surge a ideia do Desenvolvimento Sustentável, buscando conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental (CAVALCANTI, 1995).
            A reciclagem vem como uma das formas de promover esse desenvolvimento sustentável, pois possui como maiores vantagens à minimização da utilização de fontes naturais e da quantidade de resíduos de tratamento final, como aterramento, ou incineração, além da geração de riquezas, beneficiando a todos, com a redução da quantidade de lixo, melhorando a limpeza da cidade e o aumento da conscientização dos cidadãos (GROSSI, 2008).
            A dimensão ambiental configura-se crescentemente como uma questão que envolve um conjunto de atores do universo educativo, potencializando o engajamento dos diversos sistemas de conhecimento, a capacidade de profissionais e a comunidade universitária numa perspectiva interdisciplinar. Neste sentido, a produção do conhecimento deve necessariamente contemplar as inter-relações do meio natural com o social, incluindo a análise dos determinantes do processo, o papel dos diversos atores envolvidos e as formas de organização social que aumentam o poder das ações alternativas de um novo desenvolvimento, com ênfase na sustentabilidade socioambiental (JACOBI, 2003).
Por isso, surgiu o Projeto de Extensão do Programa Idea, conduzido por alunos do curso de Bacharelado em Administração na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Campus VII, município de Patos - PB, na mesorregião do Sertão Paraibano, com o objetivo de promover a educação ambiental através da conscientização dos alunos e de praticas da reciclagem de resíduos orgânicos, bem como a inserção de professores e alunos sobre a responsabilidade socioambiental e a importância da mudança de hábitos.

Metodologia

            A ação foi conduzida no período de agosto de 2011 a agosto de 2012 por alunos do curso de administração e colaboradoresda Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Campus VII, município de Patos - PB, na mesorregião do Sertão Paraibano, caracterizando-se como uma conscientização de natureza qualitativa.
Para a formação do pensamento crítico dos alunos, a respeito do contexto socioambiental, foram realizadosseminários e palestras, sobre a abordagem do tema, bem como uma demonstração prática do mesmo. Promovendo a inserção, de professores e alunos no contexto de mudança de hábitos enfocando os 3R’s (reduzir, reutilizar e reciclar), integrando universidade, sociedade e atores públicos.
Na parte teórica foi feito um levantamento das características enfocando o meio ambiente sempre buscando formas de reaproveitar produtos. Mostrando vantagens e importâncias para o presente e o futuro dando um embasamento teórico para pesquisas e estudos na área, com ênfase no papel da escola no processo de formação, tanto social quanto ambiental, dos seus alunos.  Contribuindo com a ampliação da visão social, tanto dos participantes como dos colaboradores, trazendo um grande aproveitamento. Gerando assim um melhor preparo e mais compreensão sobre o assunto.
Conscientizando sobre a problemática do lixo e sua devida separação, para facilitar a reciclagem buscando alternativas para a reutilização dos resíduos com o intuito de gerar reflexões individuais ou em grupo sobre a responsabilidade de produção e destino do lixo nas escolas, casa e nos espaços em comum da cidade.
Na parte prática foi produzida uma pilha de compostagem, com intuito de demonstrar como se dá o processo de transformação de resíduos, aproveitando materiais oferecidos pela própria escola. Para a escolha do local de instalação da pilha de compostagem sugerimos que considerassem o fácil acesso, a disponibilidade de água para molhar a pilha, levando em consideração as características do solo (boa drenagem e leve declive). Com a finalidade de evitar a compactação das camadas durante o processo de construção da compostagem, os materiais foram cortados em partículas menores, facilitando a aeração.  À medida que foi formada cada uma das camadas adicionou água diariamente na pilha de compostagem para acelerar as reações microbianas, como também para controlar temperatura e umidade. A cada 15 dias revolveram a pilha para haver uma boa homogeneização do material. Em sua confecção houve o empilhado em camadas sobrepostas em dimensões de 1 m de altura, 2 m de comprimento e 1m de largura. Após o último estado da compostagem, o processo de mineralização da matéria orgânica estava concluído, sendo assim beneficiamos e aplicamos em plantas e hortas da escola, levando em conta as orientações da literatura.
Em termos gerais, essa metodologia de trabalho vem a contribuir com a busca de alternativas para uma contínua reflexãoe ampliação dos conhecimentos sobre a educação ambiental, através do desenvolvimento dessas atividades.

Resultados alcançados

A aplicação desse trabalho foi possível observar, analisar e repensar fatos e situações inerentes ao problema do lixo e meio ambiente, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar de modo propositivo para reduzir a produção de resíduos gerados na escola. Estimulandoos alunos a diminuir essa quantidade de resíduos, promovendo modificações nos padrões de produção e consumo, mostrando que o lixo não é, em absoluto, um conjunto de materiais sólidos sem utilidade. Para Travassos (2006), o papel da escola não se reduz simplesmente a incentivar a coleta seletiva do lixo, em seu território ou em locais públicos, para que seja reciclado posteriormente. Os valores consumistas da população tornam a sociedade uma produtora cada vez maior de lixo. A necessidade que existe é, na verdade, de mudanças de valores e comportamentos. Essas mudanças, segundo Reigota (1994), devem acima de tudo, “levar os indivíduos e os grupos a adquirir o sentido dos valores sociais, um sentimento profundo de interesse pelo meio ambiente e a vontade de contribuir para a sua proteção e qualidade”.
Com o trabalho também foi possível formular opiniões e sugestões dos professores, onde os mesmo destacam alguns pontos para viabilizar a adoção desse modelo para a conscientização sustentável dos alunos:

  • a abordagem teórica do assunto e em seguida uma prática é muito importante, pois diante dos problemas mencionados os alunos fixam melhor o conhecimento e se preocupam em engajar-se, havendo uma melhor conscientização”;
  • iniciativas como essas são fundamentais para os jovens alunos do ensino fundamental construir uma visão crítica nesse contexto da problemática socioambiental”;  
  • A compostagem é um ótimo exemplo para demonstrar soluções viáveis e de fácil entendimento para o destino do lixo, permitindo assim essa prática sejafeita até mesmo em casa”;
Desta forma foi possível esclarecer a necessidade de repensar o nosso modelo de desenvolvimento econômico e criar mecanismos efetivos que disciplinem a geração de bens de consumo, o reaproveitamento e a reciclagem de materiais incentivando a minimização do desperdício e dos impactos ambientais associados, tendo como base o pensamento crítico e inovador, promovendo a transformação e desenvolvendo uma consciência ética utilizando a Educação Ambiental nas bases. Ideia reforçada por Carvalho (2004), onde aborda que a educação acontece como parte de uma ação humana de transformar a natureza em cultura, atribuindo-lhe sentidos, trazendo-a para o campo da compreensão e das experiências. Além disso, Reigota (1994) destaca que a compreensão mais global sobre o tema, proporciona o intercâmbio de experiências entre professores e alunos e envolver toda a comunidade escolar e extraescolar. Para que isso ocorra o programa a Educação Ambiental nas escolas não deve ser tratada isoladamente ou relacionado apenas com algumas disciplinas e sim de uma forma interdisciplinar praticada no dia-a-dia da escola, para que possa ser levada também para fora da mesma e para o ambiente de cada indivíduo (TRAVASSOS, 2006).

Considerações finais

A educação ambiental é um desafio para qualquer escola, porém com as observações do presente trabalho a mesma deve ser desenvolvida em um contexto interdisciplinar que integre a comunidade escolar e extraescolar, de forma que os alunos consigam conciliar teoria e práticapara construir uma visão crítica.
              Através da educação ambiental e a conscientização, pode-se entender esse contexto da problemática socioambiental. Sendo possível observar, analisar e repensar os fatos e situações, inerentes ao problema do lixo e meio ambiente, reconhecendo a necessidade de reduzir a produção de resíduos gerados.

Referências
             
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PORQUE O CERRADO NÃO É CONSIDERADO FLORESTA ???



O Cerrado é um tipo de vegetação que compõe a fitogeografia brasileira, já ocupou 25% do território brasileiro, fato que lhe dá a condição de segunda maior cobertura vegetal do país, superada somente pela floresta Amazônica. O Cerrado já ocupou uma área de 2 milhões de km2, entretanto, hoje são aproximadamente 800 mil km2. Essa expressiva diminuição se deve à intervenção humana no ecossistema.


Em geral, os solos são pobres e muito ácidos. Até a 1970 o cerrado era descartado quanto ao seu uso para a agricultura, mas com a modernização do campo surgiram novas técnicas que viabilizaram a sua ocupação para essa finalidade. Então foi realizada a correção do solo e os problemas de nutriente foram solucionados, atualmente essa região se destaca como grande produtor de grãos, carne e leite. Embora os mesmos sejam os grandes “vilões” da devastação do Cerrado.
O Cerrado abrange os Estados da região Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal), além do sul do Pará e Maranhão, interior do Tocantins, oeste da Bahia e Minas Gerais e norte de São Paulo.O clima predominante no Cerrado é o Tropical Sazonal, de inverno seco. A temperatura média anual é de 25° C, podendo chegar a marcações de até 40° C na primavera. As mínimas registradas podem chegar a valores próximos de 10° C ou até menos, nos meses de maio, junho e julho.
A precipitação média anual fica entre 1 200 e 1 800 mm, sendo os meses de março e outubro os mais chuvosos. Curtos períodos de seca, chamados de veranicos, podem ocorrer no meio da primavera e do verão. No período de maio a setembro os índices pluviométricos mensais reduzem-se bastante, podendo chegar a zero.
Nos períodos de estiagem, o solo se desseca muito, mas somente em sua parte superficial (1,5 a 2 metros de profundidade). Mas vários estudos já demonstraram que, mesmo durante a seca, as folhas das árvores perdem razoáveis quantidades de água por transpiração, evidenciando a disponibilidade deste mineral nas camadas profundas do solo. Ventos fortes e constantes não são características gerais do Cerrado. Normalmente a atmosfera é calma e o ar fica, muitas vezes, quase parado. Em agosto costumam ocorrer algumas ventanias, levantando poeiras e cinzas de queimadas a grandes alturas, através de redemoinhos que se podem ver de longe. A radiação solar é bastante intensa, podendo reduzir-se devido à alta nebulosidade nos meses excessivamente chuvosos do verão. O relevo é um tanto acidentado, com poucas áreas planas. Nos morros mais altos são encontrados pedregulhos, argila com inclusões de pedras e camadas de areia.
O Bioma Cerrado, não possui uma fisionomia única em toda a sua extensão. Muito ao contrário, ela é bastante diversificada, apresentando desde formas campestres bem abertas, como os campos limpos de cerrado, até formas relativamente densas, florestais, como os cerradões. Assim, na natureza o Bioma do Cerrado apresenta-se como um mosaico de formas fisionômicas, ora manifestando-se como campo sujo, ora como cerradão, ora como campo cerrado, ora como cerrado s.s. ou campo limpo.
O Cerrado não é considerado floresta porque de um modo geral, podemos distingüir dois estratos na vegetação dos Cerrados: o estrato lenhoso, constituído por árvores e arbustos, e o estrato herbáceo, formado por ervas e subarbustos. Ambos são curiosamente heliófilos. Ao contrário do caso de uma floresta, o estrato herbáceo aqui não é formado por espécies de sombra, umbrófilas, dependentes do estrato lenhoso. O sombreamento lhe faz mal, prejudica seu crescimento e desenvolvimento. O adensamento da vegetação lenhosa acaba por eliminar em grande parte o estrato herbáceo. Por assim dizer, estes dois estratos se antagonizam. Por esta razão entendemos que as formas intermediárias de Cerrado - campo sujo, campo cerrado e cerrado s.s. - representem verdadeiros ecótonos, onde a vegetação herbácea/subarbustiva e a vegetação arbórea/arbustiva estão em comunidades harmoniosas e integradas, como nas florestas, mas representariam duas comunidades antagônicas, concorrentes. Tudo aquilo que beneficiar a uma delas, prejudicará, indiretamente, à outra e vice-versa. Elas diferem entre si não só pelo seu espectro biológico, mas também pelas suas floras, pela profundidade de suas raízes e forma de exploração do solo, pelo seu comportamento em relação à seca, ao fogo, etc., enfim, por toda a sua ecologia. Toda a gama de formas fisionômicas intermediárias parece-nos expressar exatamente o balanço atual da concorrência entre aqueles dois estratos.
O sistema subterrâneo, dotado de longas raízes pivotantes, permite a estas plantas atingir 10, 15 ou mais metros de profundidade, abastecendo-se de água em camadas permanentemente úmidas do solo, até mesmo na época seca. A vegetação herbácea e subarbustiva, formada também por espécies predominantemente perenes, possui órgãos subterrâneos de resistência, como bulbos, xilopódios, sóboles, etc., que lhes garantem sobreviver à seca e ao fogo. Suas raízes são geralmente superficiais, indo até pouco mais de 30 cm. Os ramos aéreos são anuais, secando e morrendo durante a estação seca. Formam-se, então 4, 5, 6 ou mais toneladas de palha por ha/ano, um combustível que facilmente se inflama, favorecendo assim a ocorrência e a propagação das queimadas nos Cerrados. Neste estrato as folhas são geralmente micrófilas e seu escleromorfismo.

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