Pare Belo Monte Guerrilha florida em Brasília

 
A Terra, sobretudo essa Terra chamada Brasil, esse pedaço do Plante cuja responsabilidade de proteger cabe aos brasileiros, está ameaçada. O discurso oficial diz que a construção da Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, e as mudanças no Código Florestal (que aumentará dará autorização para o desmatamento em todos os biomas numa área total equivalente a duas vezes o estado de São Paulo) é para o bem do Brasil e dos brasileiros. Esse discurso é mentiroso, pois aos brasileiros caberá apenas os custos das obras e os danos ecológicos.
Os verdadeiros interessados na mudança do código é o agronegócio voltado à exportação (como os monocultores donos de gigantescas propriedades onde se planta, por exemplo, apenas soja ou milho para servir para ração de porcos em países como a China ou como matéria prima para outras indústrias). Esses mercados são dominados por empresas desenvolvedoras de sementes transgênicas como as estrangeiras Bungee e Cargil. Tais atividades geram poucos empregos, exaurem o solo, e remete a maior parte dos lucros para acionistas que, na maioria dos casos, jamais estiveram no Brasil.
No caso de Belo Monte, a megausina hidrelátrica que querem construir no meio da Amazônia a situação não é diferente. Mais de 40 mil brasileiros (entre indígenas e comunidades ribeirinhas) terão que deixar suas casas, suas áreas de pesca, coleta e subsistência, seus locais sagrados, a terra de seus ancestrais. O impacto ambiental é incalculável (extinção de espécies, interrompimento do fluxo de peixes pela Bacia Amazônica, lançamento de gases tóxicos pela decomposição de matéria orgânica decomposta sob a área alagada, multiplicação de insetos transmissores de doenças nas poças formadas onde o rio secar, etc.) . E quem lucrará com isso não serão os brasileiros da região atingida, nem de nenhum outro lugar. Belo Monte não está sendo planejada para levar luz a casa de Brasileiros.
Quem ganhará com a obra são as empreiteiras que venceram a licitação e as indústrias mineradoras estrangeiras que atuam na região. A Alumar, por exemplo (empresa que tranforma a Bauxita do Pará em alumínio em São Luiz do Maranhão) é um consorcio das esrangeiras Alcoa, BHP Billiton e RioTintoAlcan. Apenas 10% do aluminio fabricado ali fica no Brasil. O pouco do lucro que fica no Brasil permanece concentrado na mão de famílias que controlam a política no Brasil (sobretudo naquela região há décadas). A chave da questão é que além do grande gasto no maquinário utilizado na extração de minérios, a energia elétrica é o principal insumo no processo de transformação da agua barrenta e vermelha da Bauxita em alumínio. Embora movimente milhões de dólares, a indústria do alumiínio emprega pouco e emprega mal (para não entrar na questão dos constantes acidentes de trabalho).
Uma das principais razões de Belo Monte estar sendo construída no coração da floresta que é nossa maior riqueza é, portanto, tornar o alumínio da Alcoa, BHP Billiton e RioTintoAlcan mais baratos e lucrativos no mercado internacional de commodities metálicas. Entretanto quem custeará a obra serão fundos de pensão de trabalhadores de todo o Brasil e o BNDES. Portanto, por má fé de gente que está no poder, os Brasileiros arcarão com os custos ecológicos, sociais e financeiros da usina de Belo Monte, mas quem encherá os bolsos de dinheiros não seremos nós. E nem mesmo fomos consultados sobre o assunto.
Por isso a luta pelas florestas não é uma questão partidária nem só de visão de futuro. É uma luta de todos os brasileiros, de todas as raças e lugares, com a fome insaciável de corporações estrangeiras e magnatas e oligarcas locais que oprimem nosso povo há muito tempo. A luta é de todos.
Por isso o levante pacífico de 20 de agosto é pela Terra e é também pelas futuras gerações, que herdarão a Terra, as águas, as florestas, a vida… Ou então a destruição completa.
Por isso convidamos todos os brasileiros a comparecerem nas suas cidades, de modo especial as capitais estaduais e federal, no próximo dia 20 (veja alguns locais de concentração abaixo), nas manifestações que acontecerão por todo país. Leve toda a sua solidariedade aos povos que serão atingidos mais diretamente, como os povos indígenas do Xingu.
Leve seus amigos e familiares. Converse com eles sobre o que está acontecendo. Leve sobretudo seu Amor e sua Esperança de que conseguiremos vencer. Quem puder, colete em sua região sementes de árvores diversas. Faremos trocas e distribuição de sementes em todos os locais onde houverem manifestações. Vamos enterrá-las por praças e jardins públicos (escolha bem onde cada uma delas terá melhor condições de sobreviver) ou leve para plantar em outros cantos da cidades. Vamos responder ao desmatamento, com reflorestamento das capitais.
E como gesto também simbólico, plante mudas em frente a prédios que representem o Poder dos destruidores da Floresta. Refloreste onde eles se escondem, negociam, vivem, trabalham. Vamos levar a trincheira para o terreno deles. Responderemos à morte com vida. E se eles querem destruir a vida, terão de fazê-lo na frente dos olhos de todos, nas nossas cidades, nos seus quintais.
No sábado, 20 de agosto, é dia de festa. Dia de confraternização do Brasil nessa manifestação que marcará o começo do levante popular mais bonito e florido da história. Crianças, jardineiros, poetas, artistas, trabalhadores, estudantes. Todos juntos, como nunca antes na história desse país, por um bem maior e comum. O gigante começou a despertar.
LINKS EXTERNOS:
FAÇA VOCÊ MESMO: BOMBAS DE SEMENTES: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bolas_de_sementes
UM JANTAR INESQUECÍVEL: Sobre o que conversam quando se encontram os homens mais ricos do mundo com os políticos mais poderosos do Brasil? http://colunas.imirante.com/platb/decio/2007/09/12/um-jantar-inesquecivel/


20 de agosto – confira hora e local das manifestações(sábado)



Quem tiver novas informações sobre outros locais de manifestação, comuniquem  campanhaxingu@gmail.comXingu Vivo no Facebook e @xinguvivo.


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Cidade Local Hora No Facebook
Belém (PA) Praça da República, em frente ao Teatro da Paz rumo ao Ver o Peso 8h30 Confirme sua participação
Brasília (DF) Em frente ao congresso nacional 14h Confirme sua participação
Fortaleza (CE) Praça José de Alencar 13h Confirme sua participação
João Pessoa (PB) Feirinha de Tambaú 14h Confirme sua participação
Recife (PE) Praça do Derby 14h Confirme sua participação
Rio de Janeiro (RJ) Posto 4, na Av. Atlântica em Copacabana 14h Confirme sua participação
Salvador (BA) Praça Campo Grande, até a Praça Municipal 14h Confirme sua participação
Santarém (PA) Praça da Matriz, com caminhada pela orla da cidade até o ‘Mascotinho’ 18h Confirme sua participação
São Paulo (SP) Av. Paulista, em frente ao MASP 13h Confirme sua participação

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