Pesquisador da Embrapa explica avanços tecnológicos na produção agroecológica do algodão

O pesquisador da Embrapa Algodão Campina Grande, foi um dos entrevistados no Programa Domingo Rural deste domingo(12/09) falando aos ouvintes da Rádio Serrana de Araruna em conexão com a Rádio Cultura de São José do Egito e Rádio Independente FM de Serra Branca sobre os trabalhos desenvolvidos pela Embrapa em toda a região com a produção do algodão de forma agroecológica, numa ação que acontece com entidades diversas na Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará dentre outros.

O diálogo se deu com referência em um intercâmbio de agricultores e agricultoras familiares que aconteceu na comunidade Poço do Gado, município de Arara, experiência na propriedade do agricultor Pedro Elias dos Santos e contou com a participação de agricultores experimentadores do município de Arara e Remígio dentre outros na busca de ampliar conhecimentos sobre a produção algodoeira em consórcios agroecológicos.Ao dialogar com os ouvintes das emissoras parceiras ele falou sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido pelas entidades parceiras dentro da Rede de Algodão Agroecológico da Paraíba, com ênfase nas atividades do cultivo do algodoeiro em consórcios agroecológicos desenvolvidas em Remígio e agora em Arara, ações que são tidas como unidades de validação e transferência de tecnologias visando a formação de multiplicadores onde os dias de intercâmbios possibilitam aos participantes conhecerem as experiências que estão sendo feitas nas comunidades e, ao mesmo tempo, discutirem suas experiências com trocas de informações através desses trabalhos acompanhados por técnicos, analistas e pesquisadores da Embrapa Algodão num processo de comparação e compartilhamento dos conhecimentos científicos e das famílias agricultoras.

Ele explicou que diversas estratégias são desempenhadas dentro do processo de convivência com o bicudo enquanto inseto, evitando que esse se transforme em praga no algodoeiro dentre outros insetos. “São várias estratégias para conviver com o bicudo, além de você ter um plantio um pouco mais tarde pra quando o algodão começar a emitir botão floral que é quando coincide também com a entrada do bicudo você já está num período mais quente e a planta já está também num estado mais avançado, você também tem as estratégias dos consórcios agro9ecológicos que favorecem o desenvolvimento, não só do bicudo, mas de outras pragas do algodoeiro, uma diversidade de insetos predadores que combatem várias pragas como exemplo teve um ataque de pulgão e foi totalmente controlado por cochonilha e outros insetos predadores que fazem controle biológico, controle natural nesse tipo de plantio que a gente está conduzindo aqui na comunidade”, explica aquele pesquisador em contato direto com o público 590kHz em conexão com o público 1320kHz e 107,7 MHZ. “A gente trabalha de uma forma sistêmica, a gente trabalha toda a propriedade, a gente coloca uma Unidade de Validação e Transferência de Tecnologias numa propriedade de referência, no caso aqui na propriedade de seu Pedro numa área que a gente chama de uma área de experiência, os próprios agricultores chamam de área de experiência onde entre o conhecimento técnico para montar aquela unidade de validação colocando as variedades de algodão desenvolvidas pela Embrapa e outras culturas como gergelim, amendoim que são variedades desenvolvidas pela Embrapa que a gente plantou na unidade de validação, a questão do espaçamento, o consórcio intercalado, várias técnicas de plantio mais o conhecimento tradicional do agricultor que é somando também nesse trabalho que aí vem a semente própria dele que ele planta já há muito tempo a exemplo da cebolinha, do coentro, do feijão mulatinho, então aquela unidade de validação tem conhecimento técnico e o conhecimento tácito, conhecimentos do agricultor também naquela de validação onde fazemos as experiências pra ver quais os consórcios, quais as experiências mais adequadas para aquele local”, revela o pesquisador, explicando que tudo se dar num olhar amplo dentro da propriedade rural.

Joffre disse que após as visitas desenvolvidas nas Unidades de validação, outros encontros de avaliação são feitos e os resultados são compartilhado com as demais componentes da Rede de Algodão Agroecológico da Paraíba com compartilhamentos que são feitos com as demais parceiras a cerca das experiências desenvolvidas em outras unidades e microrregiões do Estado da Paraíba.


Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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