Parque Estadual do Itacolomi e do Ibitipoca - MG

Seguindo sugestão de postagem:


Será abordado um conteúdo de dois parques estaduais, que estão entre os mais procurados pontos turísticos de Minas Gerais: o parque do Itacolomi e do Ibitipoca. Ambos são unidades de conservação que além de preservar a natureza, geram capital no setor do turismo para a região.







Exemplos de unidade de conservação são fortes destinos turísticos

Há cerca de 700 parques estaduais espalhados pelo Brasil. Essas unidades, criadas com o objetivo de diminuir os efeitos da destruição dos ecossistemas, tem como objetivo manter a diversidade biológica da região, protegendo espécies, preservando e restaurando. Além disso, também estimulam o desenvolvimento econômico, por meio do turismo, e incentivam atividades de pesquisa científica. Em Minas Gerais, os Parques Estaduais do Itacolomi e o Ibitipoca são exemplos da relação positiva entre cidadãos, iniciativa privada e pública com o meio ambiente.
Criado em 1967, o Parque Estadual do Itacolomi esta localizado nos municípios de Mariana e Ouro Preto. Com uma área de 7.543 hectares de mata em que predomina quaresmeiras e candeias ao longo dos rios. Já nas partes mais elevadas podem ser encontrados alguns campos de altitude com afloramentos rochosos. A região abriga diversas nascentes e espécies de animais raros, ameaçados de extinção, que vivem na unidade. Entre eles o lobo guará, a ave-pavó, a onça parda e o andorinhão de coleira. Os visitantes também podem encontrar espécies de macacos, pacas e aves.

É no parque que se encontra um registro histórico da ocupação da região: a Casa Bandeirista, construída entre 1706 e 1708, para a vigilância, cobrança de impostos e defesa ao acesso de minas de ouro. Em seu interior acontece a exposição permantente “Viajantes Naturalistas”, na qual foram reunidos artefatos, ferramentas e objetos de estrangeiros que vieram para o Brasil no século XVIII em busca de informações sobre história natural e entender os hábitos e o modo de vida da população local. Outro destaque é o vídeo projetado com imagens feitas por desenhistas, pintores, coletadores e servos onde estão registradas informações que hoje são de grande valia para a botânica, a zoologia, a ecologia, a antropologia e a história.

Com uma média de 600 visitantes por mês, o Itacolomi pertence ao Circuito Turístico do Ouro e conta com centro de visitantes, auditório para 80 pessoas, camping com espaço para 30 barracas, restaurantes, lavanderias, banheiros com chuveiros quentes, churrasqueiras, heliporto, estacionamento, 5 alojamentos para pesquisadores com capacidade para 40 pessoas e exposição sobre a biodiversidade e a história da região.

Outra unidade de conservação que cumpre seu papel na região é o Parque Estadual do Ibitipoca. Criado em 1973 e localizado na Zona da Mata, nos municípios de Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipoca, com uma área de 1.488 hectares, ele é o parque estadual mais visitado de Minas Gerais.

O local conta com uma fauna rica em espécies ameaçadas de extinção, como a onça parda, o lobo guará e o guigó. Mas são encontrados também sagüis, coatis e até uma espécie de perereca, intitulada “Hyla de Ibitipoca”, que foi catalogada pela primeira vez na região. Já na flora, o traço mais marcante são as “barbas-de-velho”, um líquen verde-água, preso aos galhos das árvores, que marca a paisagem do local. Ainda se encontram diversas espécies de orquídeas, bromélias, samambaias e campos rupestres.

Entre 2007 e 2008, o parque recebeu R$570 mil de investimentos do Promata para a pavimentação de trechos da estrada interna. Com cerca de 60 mil visitantes por ano, a unidade está inserida no Circuito Turístico da Serra do Ibitipoca. Em sua infraestrutura, o Parque Estadual do Ibitipoca conta com casa de hóspedes, camping com capacidade para 15 barracas, alojamentos e casa para pesquisadores com espaço para 20 pessoas, restaurante, centro de visitantes com exposição interativa e abre diariamente das 07:00h até as 17:00 para visitantes e até as 17:30 para campistas.

Crédito das fotos: Evandro Rodney.
Escrito por:
Thamires Andrade

Instituto Estadual de Florestas reassenta famílias mineiras




Iniciativa alia preservação do meio ambiente e melhorias na qualidade de vida dos moradores que habitam o Parque do Itambé


Pela primeira vez no Brasil, Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Minas Gerais esta colocando em prática o reassentamento de famílias que habitam no Parque Estadual do Pico do Itambé. A iniciativa tem como objetivo preservar a unidade e promover melhorias na qualidade de vida dos moradores, que viviam em condições precárias no seu interior. As propriedades rurais ocupavam todo o parque, composto de 6.520 hectares.

Charles Alessandro, gerente de regularização fundiária do Insituto, explica que o reassentamento é necessário em unidades de conservação de proteção integral, como o Parque do Itambé. Nesses casos, a lei 9.985/2000 determina que as famílias devam, no processo de regularização fundiária, ser reassentadas em melhores condições do que as que viviam anteriormente. Das 27 famílias abrigadas no local, nove optaram pelo reassentamento e 18 pela idenização.

Além de terras, que variam de 5 a 100 hectares, com casa, água, luz e fossa séptica, as famílias terão a assessoria de um técnico agrícola durante um ano. Já as indenizações serão efetuadas no valor de R$ 2,307 milhões. “No começo houve resistência, mas as famílias participaram do processo e escolheram a terra. Elas estão saindo de casas de pau-a-pique para casas de alvenaria, com luz e energia e estarão a apenas 15 minutos do município de Santo Antônio do Itambé, que antes ficava a 4 horas de caminhada de suas casas”, informa a gerente do Parque, Mariana Gontijo.

As melhores condições que o IEF busca dar as pessoas e a natureza já estão sendo notadas. José Maria Ribeiro, por exemplo, está saindo de uma propriedade com 125 hectares para uma de 10 hectares e muito feliz. “Achei bom, tem lugar para lavoura, para pasto, fico mais perto da família e não preciso ir para Diamantina e Curvelo achar um “bico” para me manter” diz o guarda-parque, que vivia em uma área que não podia ser explorada economicamente.

O Parque do Itambé foi criado pelo Decreto nº 39.398, de 21 de janeiro de 1998, possuindo originalmente uma área aproximada de 4.696 hectares, sendo alterada para mais de 6.520 hectares em 2006. Está localizado nos municípios de Santo Antônio do Itambé, Serro e Serra Azul de Minas. A unidade de conservação abriga nascentes e cabeceiras de rios das bacias do Jequitinhonha e Doce e o Pico do Itambé, um dos marcos referenciais do Estado com seus 2.002 metros de altitude. A vegetação predominante é de cerrado e campos rupestres de altitude, onde ocorrem espécies raras e endêmicas de orquídeas. Em relação à fauna, destacam-se a onça-parda e do lobo-guará, espécies ameaçadas de extinção.

O esforço de regularização fundiária e os investimentos na infraestrutura acontecem em paralelo a outras ações que permitirão a abertura do parque ao público em 2010. Dessa forma, o meio ambiente ganha destaque e o desenvolvimento sustentável consegue ser aplicado da maneira correta. Depois de visitas técnicas para a identificação de trilhas ecológicas haverá também um curso de condutores para a comunidade. A formação desses guias turísticos vai possibilitar geração de emprego e renda na região e aumentará a conscientização sobre a preservação ambiental.

Vale destacar que iniciativa não é isolada no estado. Minas Gerais foi considerada pelo Diagnóstico da Situação Financeira de Sistema de Unidades de Conservação, iniciativa da The Nature Conservantion (TNC) em parceria com a Conservação Internacional (CI), SOS Mata Atlântica e Fundo Brasileiro para Biodiversidade, como o estado com o maior índice de implantação, investimento e planejamento de unidades de conservação do Brasil.


Por: Thamires Andrade

thamires@webcitizen.com.br

www.blog.mg.gov.br



SUGESTÃO DE MATÉRIA, POR: Thamires Andrade


Referência em Resíduos

CMRR forma mais 100 alunos nos cursos de Gestão e Negócios em Resíduos e de Montagem, Manutenção e Recondicionamento de Computadores (3RsPCs)

Nesta semana, o Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR) forma cerca de 100 alunos dos cursos de Gestão e Negócios em Resíduos e de Montagem, Manutenção e Recondicionamento de Computadores (3RsPCs). Os cursos são gratuitos e buscam potencializar o papel do jovem na melhoria da qualidade socioambiental, além de ampliar a geração de trabalho e renda.

Dividido em quatro módulos, o curso de Gestão e Negócios em Resíduos prepara os estudantes para o mercado de trabalho, assim como para a organização e administração de seu próprio negócio a partir de resíduos domésticos (papel, plástico, madeira, metal e compostagem), específicos (de serviços de saúde, de construção civil, de postos de combustíveis, de supermercados) ou especiais (pneus, lâmpadas, pilhas e baterias).

Formada em Gestão de Resíduos, Denise Silva Chaves, 18 anos, é responsável pela gestão de resíduos e qualidade em obras da Santa Bárbara Engenharia. “Durante o ensino médio tinha muito receio do que eu iria fazer quando formasse no 3º ano. Hoje, com o que eu ganho, posso investir na minha formação. Faço o curso técnico em edificação no Senai. Meu próximo passo é formar e prestar vestibular para engenharia”, conta.

Já no curso de Montagem, Manutenção e Recondicionamento de Computadores (3RsPCs), os jovens aprendem a montar e desmontar computadores, o funcionamento de cada peça, e também freqüentam aulas de empreendedorismo e empregabilidade. O material utilizado durante as aulas é proveniente de máquinas não mais utilizadas pelos órgãos do Governo de Minas. Após o recondicionamento, os computadores são destinados a programas de inclusão social de comunidades carentes.

Márcio Vinícius Magela, 18 anos, finalizou em dezembro do ano passado o curso 3RsPCs. O garoto trabalha em uma empresa de informática e já se prepara para prestar o vestibular para o curso de Ciências da Computação. “Hoje tenho o diferencial de saber sobre reciclagem de computadores. Procuro passar para meus colegas as coisas que aprendi no curso”, comenta Magela.

Sobre o CMRR:

Iniciativa pioneira do Governo de Minas Gerais, o Centro Mineiro de Referência em Resíduos trabalha há dois anos com o objetivo de apoiar os municípios, empresas e cidadãos na gestão integrada de resíduos, por meio da disseminação de informações e capacitação técnica, gerencial e profissionalizante, visando à geração de trabalho e renda e à melhoria da qualidade de vida.

Sua atuação concentra-se em cinco áreas prioritárias: Apoio à gestão municipal de resíduos, Qualificação profissional; Comunicação e Informação; Pesquisa e Desenvolvimento; Educação ambiental e eventos (seminários, palestras, debates e oficinas, com foco no consumo consciente).

Localizado em Belo Horizonte, o espaço conta com auditório, biblioteca, área para realização de cursos e uma cozinha experimental, criada para orientar sobre redução do desperdício, reaproveitamento, reciclagem, tecnologia de alimentos e ações que envolvem o preparo de produtos úteis ao consumo da população. Possui ainda um espaço permanente para exposições, consolidando-se como um espaço múltiplo para o cumprimento de sua missão

Mais informações:

Site oficial do centro: http://www.cmrr.mg.gov.br/

CMRR fez 2 anos. Entrevista com especialistas e ex-alunos: http://www.youtube.com/watch?v=bzdNWQUevvQ&feature=channel_page

O que fazer com pilhas e baterias usadas?


O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente, aprovou e publicou em 22/07/1999, a Resolução de Nº 257, complementada pela de Nº 263 de 12/11/1999, que disciplina o gerenciamento de Pilhas e Baterias em todo o território nacional.

Esta Resolução estabelece no seu Artigo 1º, que as pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos deverão, após o seu esgotamento energético, ser entregue pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de Assistência Técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para que estes repassem aos fabricantes ou importadores, para que sejam adotados por estes últimos ou por terceiros, procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada.

O texto apresenta ainda, as definições dos diversos tipos de pilhas e baterias abrangidas pela Resolução e, nos seus Artigos 5º e 6º estão estipulados limites de concentração dos elementos chumbo, cádmio e mercúrio, que deverão ser atendidos pelos fabricantes ou importadores, para as pilhas do tipo zinco-manganês e alcalina-manganês (que são as pilhas comuns, utilizadas em lanternas, rádios, brinquedos, gravadores, etc.).

No Artigo 13º está previsto que as pilhas e baterias, que atenderem aos limites previstos no Artigo 6º, poderão ser dispostas juntamente com os resíduos domiciliares, em aterros sanitários licenciados. Os fabricantes e importadores deverão identificar os produtos que estão de acordo com os limites impostos, e que podem ser dispostos junto com os resíduos domiciliares, através da colocação nas embalagens e, quando couber, nos produtos, simbolos que permitam ao usuário distingui-los dos demais tipos de pilhas e baterias comercializados.

Coisas da Política - A gripe dos porcos e a mentira dos homens



Fonte: Mauro Santayana


Jornal do Brasil





O governo do México e a agroindústria procuram desmentir o óbvio: a gripeque assusta o mundo se iniciou em La Glória, distrito de Perote, a 10quilômetros da criação de porcos das Granjas Carroll, subsidiária depoderosa multinacional do ramo, a Smithfield Foods. La Glória é uma dasmais pobres povoações do país. O primeiro a contrair a enfermidade (opaciente zero, de acordo com a linguagem médica) foi o menino EdgarHernández, de 4 anos, que conseguiu sobreviver depois de medicado.Provavelmente seu organismo tenha servido de plataforma para a combinaçãogenética que tornaria o vírus mais poderoso. Uma gripe estranha já haviasido constatada em La Glória, em dezembro do ano passado e, em março,passou a disseminar-se rapidamente.Os moradores de La Glória - alguns deles trabalhadores da Carroll - nãotêm dúvida: a fonte da enfermidade é o criatório de porcos, que produzquase 1 milhão de animais por ano. Segundo as informações, as fezes e aurina dos animais são depositadas em tanques de oxidação, a céu aberto,sobre cuja superfície densas nuvens de moscas se reproduzem. A indústriatornou infernal a vida dos moradores de La Glória, que, situados em nívelinferior na encosta da serra, recebem as águas poluídas nos riachos elençóis freáticos. A contaminação do subsolo pelos tanques já foidenunciada às autoridades, por uma agente municipal de saúde, BerthaCrisóstomo, ainda em fevereiro, quando começaram a surgir casos de gripe ediarreia na comunidade, mas de nada adiantou. Segundo o deputado AtanásioDuran, as Granjas Carroll haviam sido expulsas da Virgínia e da Carolinado Norte por danos ambientais. Dentro das normas do Nafta, puderamtransferir-se, em 1994, para Perote, com o apoio do governo mexicano. Pelotratado, a empresa norte-americana não está sujeita ao controle dasautoridades do país. É o drama dos países dominados pelo neoliberalismo:sempre aceitam a podridão que mata.O episódio conduz a algumas reflexões sobre o sistema agroindustrialmoderno. Como a finalidade das empresas é o lucro, todas as suasoperações, incluídas as de natureza política, se subordinam a essa razão.A concentração da indústria de alimentos, com a criação e o abate deanimais em grande escala, mesmo quando acompanhada de todos os cuidados, éameaça permanente aos trabalhadores e aos vizinhos. A criação em pequenaescala - no nível da exploração familiar - tem, entre outras vantagens, ade limitar os possíveis casos de enfermidade, com a eliminação imediata dofoco.Os animais são alimentados com rações que levam 17% de farinha de peixe,conforme a Organic Consumers Association, dos Estados Unidos, embora osporcos não comam peixe na natureza. De acordo com outras fontes, osanimais são vacinados, tratados preventivamente com antibióticos eantivirais, submetidos a hormônios e mutações genéticas, o que tambémexplica sua resistência a alguns agentes infecciosos. Assim sendo,tornam-se hospedeiros que podem transmitir os vírus aos seres humanos,como ocorreu no México, segundo supõem as autoridades sanitárias.As Granjas Carroll - como ocorre em outras latitudes e com empresas detodos os tipos - mantêm uma fundação social na região, em que aplicamparcela ínfima de seus lucros. É o imposto da hipocrisia. Assim, essescapitalistas engambelam a opinião pública e neutralizam a oposição dacomunidade. A ação social deve ser do Estado, custeada com os recursostributários justos. O que tem ocorrido é o contrário disso: os estadossubsidiam grandes empresas, e estas atribuem migalhas à mal chamada "açãosocial". Quando acusadas de violar as leis, as empresas se justificam -como ocorre, no Brasil, com a Daslu - argumentando que custeiam os estudosde uma dezena de crianças, distribuem uma centena de cestas básicas emantêm uma quadra de vôlei nas vizinhanças.O governo mexicano pressionou, e a Organização Mundial de Saúde concordouem mudar o nome da gripe suína para Gripe-A. Ao retirar o adjetivo queidentificava sua etiologia, ocultou a informação a que os povos têmdireito. A doença foi diagnosticada em um menino de La Glória, ao lado daságuas infectadas pelas Granjas Carroll, empresa norte-americana criadorade porcos, e no exame se encontrou a cepa da gripe suína. O resto, peloque se sabe até agora, é o conluio entre o governo conservador do México eas Granjas Carroll - com a cumplicidade da OMS.
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