Agricultura familiar



Atualmente estima-se que 65% da produção agrícola no Brasil tem origem na agricultura familiar. Mas apesar disso a agricultura familiar não tem sido incluída de forma definitiva nas políticas de apoio ao desenvolvimento rural brasileiro e quando o tem, o mesmo acontece de forma tímida ou incipiente (NAZZARI e HEYSE, 2004). Para Abramovay (1997), a forma de viabilizar um projeto de desenvolvimento local sustentado para a agricultura familiar deve abranger a diversificação da produção, potencializando culturas de maior adaptação as diferentesregiões, bem como a agregação de valor ao produto gerado por intermédio do associativismo.

Um dos grandes problemas para a agricultura familiar no Brasil e principalmente na região Nordeste é a aquisição de fertilizantes minerais, onde devido ao seu alto custo, torna-se inviável ao pequeno agricultor na relação custo benefício. E ao abandonar o uso de adubos de síntese química e sem a reposição de nutrientes através da adubação orgânica adequada, a nutrição dos cultivos tem sido bastante prejudicada (SALES; BATISTA, 2006). Silva et al., (2007), ainda destaca que em geral, os solos dessas regiões são deficientes em N e P e, por conseqüência, a produtividade, sem adubação, é muito limitada. O uso de fertilizantes inorgânicos é pouco freqüente devido ao limitado poder aquisitivo dos produtores de baixa renda, à dificuldade de acesso ao crédito agrícola e à elevada variabilidade na precipitação pluvial.

Desde os mais recuados tempos o agricultor vem utilizando-se dos restos orgânicos, tanto vegetais como animais, como um material para ser incorporado ao solo com o intuito de favorecer o desenvolvimento das plantas e aumentar a produção agrícola. O conhecimento desse fato tem levado o agricultor a utilizar, das mais variadas maneiras, os restos orgânicos como fertilizantes de suas terras procurando sempre melhoria e um aumento gradual de sua produção (Kiehl, 1985).

A convivência com situações práticas, à medida que o tempo foi/vai passando, fez com que o agricultor tivesse uma visão holística e adaptada as condições proporcionadas ao mesmo tanto pelo ambiente como suas dificuldades. Desenvolvendo técnicas assim que lhe permitir suprir, dando ênfase a sua sabedoria milenar, passada de geração a geração. Claro, que não podemos ser radical e desprezar a figura dos profissionais da área, pois a sabedoria popular e conhecimentos técnico-científico aumenta a rentabilidade e proporciona mais respeito para com o meio ambiente, onde abordando práticas de conservação e manejo integrado pode-se produzir muito e de maneira limpa. Lembrando que a agricultura familiar é a significativamente importante na produção alimentícia do nosso pais.

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