Agroecologia

Agroecologia – Histórico e Conceitos

Alessander Von Wagner Fagundes (FEAB – Curitiba, PR)

Agroecologia, quanto ciência, surge na América-Latina na década de 1980, partindo dos acúmulos das diversas tendencias até então conhecidas como “Agriculturas Alternativas”, como exemplo na Alemanha a Agricultura Biodinâmica, Inglaterra a Agricultura Orgânica, no Japão a Agricultura Natural, entre outras. Na realidade, eram filosofias, técnicas, conceitos e princípios, que surgiram no início do século XX em resposta ao modelo de desenvolvimento que estava se estabelecendo. Após a II Guerra Mundial, com a promessa de resolver os problemas da fome no mundo, ocorre a “Revolução Verde”, um processo sucateamento das tecnologias bélicas para uso massivo na agricultura, como o caso da mecanização e utilização de insumos químicos.

No Brasil, por exemplo, na década de 1960, surge o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), o governo financiava as atividades agrícolas, porém, para obter o crédito, o agricultor deveria se comprometer em adequar seu sistema de produção aos “Pacotes Tecnológicos”, parte do crédito estava comprometido para compra de “Insumos Modernos”, e orgão de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural estavam voltados a implementação dessas tecnologias. Paralelo a esse processo, os sistemas de comunicação, transporte, alimentação, educação e saúde estavam passando por um processo semelhante, instalando assim um mecanismo onde são completas as dependências de como o sistema capitalista para manutenção da vida humana.

Num enfoque sistêmicos, as “Agriculturas Sustentáveis” não conseguiram dar as respostas para os problemas sócio-ambientais que vinham se acumulando.

A “Agroecologia é uma ciência para o futuro sustentável”. Isto porque, ao contrário das formas compartimentadas de ver e estudar a realidade, ou dos modos isolacionistas das ciências convencionais, baseadas no paradigma cartesiano, a Agroecologia integra e articula conhecimentos de diferentes ciências, assim como o saber popular, permitindo tanto a compreensão, análise e crítica do atual modelo do desenvolvimento e de agricultura industrial, como o desenho de novas estratégias para o desenvolvimento rural e de estilos de agriculturas sustentáveis, desde uma abordagem transdisciplinar e holística. Representa um poderoso instrumento de ruptura com a tradição reducionista na qual se baseia a ciência moderna, principalmente pela sua proposta de transdicisplinaridade, por incorporar a complexidade, a dúvida e a incerteza, além de validar também os saberes tradicionais e cotidianos.

Também não se pode pensar em Agroecologia como “ciência neutra”, já que há em suas pesquisas e aplicações claro posicionamento político. Ela se coloca como ciência comprometida e a serviço das demandas populares, em busca de um desenvolvimento que traga soluções sustentáveis para os diversos problemas hoje enfrentados na cidade e no campo.

Contrapõe o modelo de desenvolvimento, ao agronegócio, as transnacionais, questionando suas tecnologias, e integra várias áreas do conhecimento para elaborar propostas para o desenvolvimento sustentável. Vem sendo uma importante ferramenta para os movimentos sociais, como exemplo as Jornadas de Agroecologia, realizadas desde 2002 no estado Paraná pela Via Campesinas, criação das Escolas Latino Americana de Agroecologia, uma no assentamento do Contestado/MST, município da Lapa, Paraná e outra na Venezuela, no movimento estudantil, a Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB) e a Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal (ABEEF) possuem núcleos específicos para discutir o tema, além dos inúmeros grupos, institutos, ONG’s e associações que estão se organizando para construir a Agroecologia.

Simpósio de Agroecologia

O Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Campus II - Areia, promove de 25 a 27 deste mês, o “Simpósio Regional de Agroecologia”.

O simpósio possibilitará a divulgação de trabalhos multidisciplinares que analisam as dificuldades, técnicas e transposição de conhecimentos ligados à produção Agroecológica. Atualmente, como são poucos esses trabalhos, os pesquisadores, alunos de nível superior, técnicos e agricultores(as) familiares encontram-se desprovidos de acesso a alternativas tecnológicas adaptadas a sua realidade.

O objetivo é inserir esses atores em pesquisas e trabalhos participativos voltados para práticas alternativas que atendam as suas necessidades, gerando assim o fortalecimento da agricultura Agroecológica e o desenvolvimento rural sustentável.

Diante de iniciativas que visam diminuir impactos ao meio ambiente, e ao mesmo tempo, produzir alimentos sadios sem utilização de agrotóxicos, a UFPB e seus parceiros (ONG’s e movimentos sociais), vêm procurando, por meio de encontros, realizados mensalmente, discutir temas relacionados a estilos de agricultura alternativa ecológica.

Na programação constam: palestras, minicursos, mesa-redonda, feira de produtos agroecológicos e apresentações de painéis. Como atração cultural, haverá no dia 26/11, a partir das 21h, a apresentação de Ivandro Candido (Voz e violão), da Banda Cabruêra e, encerrando, haverá a apresentação do Forró Karapeba.

Acesse a programação do Simpósio na página: http://www.cca.ufpb.br/public_html/programacao.pdf

Mais informações pelo telefone: (83) 3362-2300 Ramal 258.

Sistema de Produção de Algodão Agroecológico no Agreste Paraibano

WANDERLEY JÚNIOR, José Sales Alves. EMATER/PB, josesawjunior@yahoo.com.br; SILVA, Melchior Naelson Batista da. melchior@cnpa.embrapa.br; SANTOS, Fabiana Do Nascimento. fabianareia@yahoo.com.br; SANTOS Izabel Cristina da Silva. iziagro@yahoo.com.br.

Resumo

A cultura do algodão é importante para a economia nordestina, pois gera milhares de emprego. Esse trabalho tem como objetivo identificar e avaliar as estratégias utilizadas na produção de algodão orgânico em sistemas agroecológicos. O trabalho foi desenvolvido em condições de campo na comunidade Gabinete, Remígio – PB, ano de 2008. Foram acompanhadas nove áreas de cultivo de algodão agroecológico e monitoradas as seguintes etapas do sistema de produção: preparo do terreno, época de plantio, uso de produtos naturais e colheita do algodão agroecológico. O uso da tração animal é uma prática que valida o manejo agroecológico. O plantio das áreas foi iniciado em maio chegando até o início de julho. As estratégias agroecológicas para controlar o ataque das formigas cortadeiras e lagarta rosada foram: uso de folhas de nim e uso das folhas da maniçoba. A tração animal, época de plantio, uso de produtos naturais e a colheita manual são estratégias agroecológicas na produção de algodão orgânico.
Palavras-chave: agricultura familiar, manejo Agroecológico; produtos naturais.


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Desempenho Agroeconômicos na Avaliação do Consorcio de Algodão Herbáceo + Feijão e Coentro Sob Sistema Orgânico

Agrieconomical Performances in Consorting Evaluation of Herbaceous Cotton with Bean and coriander under Organic System

LIMA, Anecleia Rodrigues de. Aluna de Mestrado do PPG em Recursos Naturais-UFCG, anicleiaufpb@yahoo.com.br; SILVA, Melchior Naelson Batista da. Embrapa Algodão-Campina Grande-PB, melchior@cnpa.embra.br; SANTOS, Damon Pereira dos. CCA/UFPB, damondos@yahoo.com.br; OLIVEIRA, Rodolfo de Assis. CCA/UFPB, rodolfocnpa@hotmail.com; RODOLFO JUNIOR, Francisco. CPCE/Universidade Federal do Piauí, rodolfo@ufpi.edu.br

Resumo

O algodão configura-se como uma alternativa de renda para a agricultura familiar sendo de grande importância para a forma de vida dos agricultores do semi-árido nordestino. Esse trabalho teve como objetivo estudar o desempenho agroeconômico do algodão herbáceo (Gossypium hirsutum L.) em sistemas consorciados com feijão gordo (Phaseolus vulgaris L) e coentro (Coriandrum sativum L.) sob sistema orgânico em épocas iguais de semeadura, verificando-se as relações de competitividade entre as culturas. O experimento foi conduzido em condições de campo, em três propriedades da comunidade Gabinete no município de Remígio-PB, mesorregião do agreste da Borborema, no ano agrícola de 2007. O experimento foi conduzido em DBC, dispostos em três tratamentos (1-algodão+coentro; 2-algodão+feijão e 3-algodão solteiro) em doze repetições, totalizando trinta e seis unidades experimentais. Considerando os resultados obtidos para renda bruta, renda líquida e taxa de retorno, considerou-se que houve vantagem econômica para o produtor quando o algodão foi semeado em consórcio com o feijão e o coentro, já que os valores referentes ao consórcio foram menores do que os cultivos isolados.
Palavras-chave: Algodão, Consórcio, Agricultura familiar, Análise econômica.

Abstract

It was objectified to study the agrieconomical performance of the herbaceous cotton (Gossypium hirsutum L.) in consorting systems with fat bean (Phaseolus vulgaris L.) and coriander (Coriandrum sativum L.) under organic system in similar times of sowing, being verified the relationships of competitiveness among the cultures. The experiment was driven in field conditions, in three properties of the Gabinete community in the municipal district of Remígio - PB, “Agreste” mesoregion of Borborema plateau, in the agricultural year of 2007. The experimental design was a randomized split plot, disposed in three treatments (1- Cotton + coriander; 2-Cotton + bean and 3-single cotton) with twelve repetitions, totalizing thirty six experimental units. Considering the results obtained for gross rent, liquid rent and rates of return, it was considered that there was economical advantage for the producer when the cotton was sowed in consortium with the bean, since the referring values to the consortium were smaller than the isolated cultivations.
Keyword: Cotton, Consortium, Familiar agriculture, Economical analyze.


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Aplicação de Biofertilizantes e Esterco Bovino em Sistema de Base Ecológica na Cultura do Pimentão

Application of Biofertilizantes and Bovine Manure in System of Base Ecological of the
Culture of the Bell Pepper

FERREIRA, Luiz Leonardo, CCA/UFPB, email: leoagrozoo@yahoo.com.br, SANTOS, Djail, CCA/UFPB, santosdj@cca.ufpb.br, MARINI, Fillipe Silveira, CCA/UFPB, fillipe@cca.ufpb.br, SILVA, Vicente Félix, CCA/UFPB, ALMEIDA, Dilamarck Gomes, CCA/UFPB, RIBEIRO, Thiago de Souza, CCA/UFPB.

Resumo

O uso de tecnologias de baixo custo, na adubação, para o manejo de solos apresenta uma importante função nas melhorias das características químicas e físicas dos solos, como o uso de compostos de estercos e de biofertilizantes. O trabalho teve como objetivo avaliar a aplicação no solo de dois tipos de biofertilizantes líquidos (Biofertilizante Puro e Agrobio), preparados anaerobicamente, e esterco bovino nas características químicas do solo e nas nutricionais da cultura do pimentão. O delineamento utilizado foi o DBC com cinco tratamentos e três repetições com 10 plantas por parcela. Os tratamentos foram assim constituídos: esterco bovino (EB); biofertilizante puro (BP); esterco bovino + biofertilizante puro (EB+BP); esterco bovino + Agrobio (EB + AB) e a testemunha sem adubação. O EB foi aplicado via solo na quantidade de 4 L por planta e o BP e o Agrobio foram aplicados via solo na quantidade 15 L m-2. O melhor tratamento foi o que se utilizou o esterco bovino.
Palavras-chave: Capsicum annuum L., agroecologia, agricultura orgânica, manejo do solo, adubação orgânica.

Abstract


The use of low cost technologies, in the manuring, for the handling of soils presents an important function in the improvements of the chemical characteristics and physics of the soils, as the use of composed of manures and of biofertilizantes. The work had as objective evaluates the application in the soil of two types of liquid biofertilizantes (Pure Biofertilizante and Agrobio), prepared anaerobic, and bovine manure in the chemical characteristics of the soil and in the nutritional of the culture of the bell pepper. The experimental design was in DBC with five treatments and three repetitions with 10 plants for portion. The treatments were constituted like this: manure bovine (EB); pure biofertilizante (BP); manure bovine + pure biofertilizante (EB+BP); manure bovine + Agrobio (EB + AB) and the witness without manuring. The EB was applied road soil in the amount of 4 L for plant and BP and Agrobio were applied road soil in the amount 15 L m-2. The treatment that better was what the manure bovine.
Keywords: Capsicum annuum L., agroecologia, organic agriculture, handle of the soil, organic manuring

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Dietas suplementadas con galactomananos y enzimas sobre el nivel de infección cecal en pollos por Salmonella enteritidis

Suplementation of dietary whit mannaoligosaccharides and enzymes on cecal and the concentrations of a in the cecal of salmonella enteritidis in broiler chicks LIMA, Dijair de Queiroz. (UEPB); Brufau i Barbera, Joaquim. (IRTA-España); Asesio, Eduardo Ângulo. (UDL- España); QUEIROZ, Nicholas Lucena. (UFPB)

Resumo

288 pollos de carne fueron utilizados para avaliar el efecto de la incorporación de galactomananos (azúcares) presente en la goma de garrofin (Ceratonia siliqua), frente a la contaminación por Salmonella. Los tratamientos fueron: (T1) Dieta con animales con salmonella; (T2) Dieta con 2,5% goma de garrofin ; (T3) Dieta con 10%goma de garrofin; (T4) Dieta con 10% goma de garrofin+enzima •-mananasa; (T5) Dieta con 2,5% de D®-manosa; (T6) Dieta con animales testigo libres de salmonella. Los valores encontrados demostró que el nivel de incorporación del 10% de goma de garrofin redujo significativamente (P<0,0001) style="font-weight: bold;">Palabras clave: Pollos, Goma de Garrofin, Salmonella, Enzima.

Abstract

288 broiler chickens were used in order to assess the effect of the addition of Galactomannans (sugars) found in the Garrofin gum (Ceratonia siliqua) due to the contamination by Salmonella. The treatments were as follows: (T1) animal diet with Salmonella; (T2) diet with 2.5% Garrofin gum; (T3) diet with 10% Garrofin gum; (T4) diet with 10% Garrofin gum + enzyme b-mananasa; (T5)diet with 2.5% D®-mannose; (T6) diet with animals free of Salmonella. The figures found showed that the level of 10% of addition of Garrofin gum reduced (P<0,0001) style="font-weight: bold;">Key words: Broiler Chicken, Carob Gum, Salmonella, Enzyme.

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Agricultores Avaliando Genótipos de Algodoeiro para o Cultivo Agroecológico

Farmers evaluating cotton plant genotypes to the Agroecological cultivation in the Agreste from Paraíba state

QUEIROZ, Nicholas Lucena, UFPB-Agronomia, nicholaslq@hotmail.com; SILVA, Melchior Naelson Batista, Embrapa Algodão; ARAÚJO, Alexandre Eduardo, UFPB; SILVA FILHO, João Luís, Embrapa Algodão; TAVARES, Miriam da Silva, UFPB-Agronomia

Resumo

A pesquisa convencional vem sendo questionada na sua concepção e eficiência, pois muitas vezes agricultores familiares não usufruem destas tecnologias. Assim, surgiram alternativas de pesquisas, que tentam resgatar e incorporar o saber popular, denominada de pesquisa participativa. Essa pesquisa teve apoio de agricultores, do assentamento Queimadas em Remígio - PB, que percorriam as parcelas experimentais e atribuíam notas sobre as características das sete variedades de algodão. O experimento foi conduzido em blocos casualizados com quatro repetições. Esse trabalho tem como objetivo analisar aspectos pertinentes à qualidade de um bom algodoeiro avaliado pelos agricultores, sob o sistema agroecológico de produção, que em muitas vezes diferem das analisadas pelos melhoristas. As melhores notas atribuídas pelos agricultores, 7,8, 7,9, e 7,1 e os melhores rendimentos, 2050,0, 1960,0 e 1822,5 kg/ha, corresponderam respectivamente as variedades BRS – Seridó e BRS – Araripe de fibra branca e a linhagem de fibra colorida CNPA 2005-118. Esses materiais apresentaram ótimo potencial de serem utilizados no cultivo agroecológico no semi árido Paraibano.

Palavras-chave: Pesquisa participativa, agroecologia, agricultura familiar, variedades.

Abstract

The conventional research based in the productivity increase has been questioned in the conception and efficiency. Thus, research alternatives have emerged, which try to rescue and incorporate the popular knowledge, called participatory research. This research was supported by farmers from the Queimadas settlement in Remígio – PB, who traveled through the experimental plots and attributed marks about the features of the seven cotton varieties. This study aims to acquaint relevant aspects to the quality of a good cotton plant evaluated by farmers, under the production agroecological system, which many times
differs from the ones analyzed by breeders. The experiment was conducted in randomized blocks with four repetitions. The best marks attributed by farmers 7,8, 7,9 and 7,1; and the best yields 2050.0, 1960,0 and 1822.5 kg/ha, coincided respectively with the varieties
Seridó, Araripe and CNPA 2005-118 which did not differ statistically among themselves. Thus, the participatory research respects basic assumptions of appreciation of the popular knowledge and the exchange of experience and knowledge among farmers and technicians, democratizing knowledge.

Keywords: Participatory research, agroecological, family agriculture, varieties.

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Avaliação de Biomassa de Restos Culturais de Consórcios Agroecológicos Direcionados à Alimentação Animal no Semi-Árido Paraibano

Biomass evaluation from Agroecological culture remains directed to animal feeding in the
Semi-arid from Paraíba state

SILVA, Gildivan dos Santos, gildivanldp@hotmail.com

Resumo

A prática do consórcio de diferentes culturas produz importante quantidade de biomassa que é considerada uma alternativa para o aproveitamento dos restos culturais na alimentação do rebanho do pequeno produtor familiar, na época de estiagem. Sendo assim, o trabalho conduzido em campo teve como objetivo a avaliação de biomassa de restos culturais de milho, algodão, amendoim e gergelim, circundados por barreiras de sorgo forrageiro em consórcios agroecológicos. O experimento foi conduzido no Assentamento Queimadas em Remígio-PB e constituído pelos seguintes tratamentos: milho solteiro (T1), algodão solteiro (T2); gergelim solteiro (T3); amendoim solteiro (T4); algodão+milho (T5 ou consórcio 1) e algodão+amendoim+gergelim (T6 ou consórcio 2). O tratamento com melhor rendimento de biomassa (RB) foi o consórcio 2. Este tipo de consórcio, portanto, é uma boa opção para obtenção de significativa na produção de biomassa para a alimentação dos ruminantes dos agricultores familiares do semi-árido paraibano.

Palavras-chave: Consórcio, forragem, agroecologia.

Abstract

The consortium practice from different cultures produce an important biomass quantity which is considered an alternative to the use of culture remains in the flock feeding of the small family producer, during drought period. Thus, the study conducted in the field aims to evaluate the biomass of corn culture remains, cotton, peanut and sesame, surrounded by forage sorghum barriers in Agroecological consortiums. This experiment was carried out at Queimadas settlement in remígio – PB and constituted by the following treatments : single corn ( T1 ), single cotton ( T2 ), single sesame ( T3 ), single peanut ( T4 ), cotton + corn ( T5 or consortium 1 ) and cotton + peanut + sesame ( T6 or consortium 2 ). The treatment with better biomass yield ( BY ) was consortium 2. This kind of consortium, therefore, is a good option to obtain a significant biomass production to ruminants feeding of the family farmers in the Semi-arid from Paraíba state.

Keywords: Consortium, forage, agroecology

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A Influência do Uso de Barreiras Vegetais na Produção de Algodão Orgânico no Semi-Árido Paraibano

The Influence of the Use of Barriers in Plant Production of Organic Cotton in the Paraiba Semi-Arid

COSTA, Janielly Silva. UFPB, janiellycosta@hotmail.com; SILVA, Melchior Naelson Batista. Embrapa-cnpa, melchior@cnpa.embrapa.br; FERREIRA, Marlene Alexandrina. UFPB, marlene_agro@hotmail.com; NASCIMENTO, Roberto de Sousa. UFPB, roberto.uni@gmail.com; JÚNIOR, Severino Pereira de Souza. Embrapa-cnpa, severo-ita@bol.com.br


Resumo

A cultura do algodoeiro herbáceo apresenta relevante importância econômica e social no Brasil e no mundo, sendo sua pluma considerada a mais importante dentre as fibras têxteis. O experimento foi conduzido em 2008, no assentamento Queimadas, município de Remígio-PB, que está inserido na mesorregião do Agreste paraibano. O delineamento utilizado foi um DIC, com três tratamentos (1. algodão+barreira de milho; 2. Algodão+barreira de girassol; 3. Algodão solteiro) e três repetições. Foram analisadas as variáveis de crescimento (altura de planta e diâmetro de caule) e produção (número de ramos vegetativos, número de ramos produtivos, números de capulhos por planta e rendimento por hectares). Não houve diferença significativa entre os tratamentos testados. Entretanto, as variáveis de produção no sistema algodão solteiro foram superiores aos demais tratamentos. A inserção das barreiras de milho e girassol na agricultura familiar proporciona uma renda e segurança alimentar para o agricultor e suporte forrageiro para os animais.

Palavras-chave: Algodoeiro, Milho, Girassol, Suporte forrageiro.

Abstract

The herbaceous cotton culture presents a significant economic and social importance in Brazil and in the world, being Its plume considered the most important among the textile fibers. This experiment was conducted in 2008, at Queimadas settlement in Remígio – PB, which is inserted in the mesoregion of the Agreste from Paraíba state. The design used was a DIC, with three treatments (1. cotton + corn barrier; 2. cotton + sunflower barrier; 3. single cotton) and three repititions. Growth variables were analyzed (plant height and stem diameter ) and production ( number of vegetative branches, number of productive branches, number of bolls per plant and yield per hectare). There was no significant difference between the tested treatments. However, the production variables in the single cotton system were higher than other single treatments. The sunflower and corn barriers insertion in the family agriculture provide an income and food safety to farmers and forage support to animals.

Keywords: Cotton, Maize, Sunflower, Forage support.

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Agroecologia: Mudança de Paradigmas no Distrito Federal

PRATES, Cristine da Silveira Figueiredo, cristine_silveira@hotmail.com;
NASCIMENTO, Roberto de Sousa, roberto.uni@gmail.com.

Resumo


No estudo foram apresentadas três propriedades localizadas no Distrito Federal que produzem de forma ecológica, sendo que duas delas são associadas a outros produtores para escoarem as mercadorias e trocarem informações técnicas, e uma tem características mais empresariais e domina o mercado de orgânicos dentro DF. Concluí-se que o desenvolvimento rural sustentável é viável mesmo adotando diferentes estratégias para atender a um mercado em ascensão cujos consumidores são mais exigentes em relação à origem de seus alimentos, mas que, como moradores de um centro urbano, preferem as facilidades dos mercados.

Palavras-chave: Conhecimento Agroecológico; Sustentabilidade; Transição agroecológica.

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Esse artigo iniciará a fase de resumos e artigos com trabalhos ecológicos e agroecológicos que iremos postar no RXECO, com intuito de dinfundir os trabalhos científicos e experiências na área, onde iremos disponibilizar gratuitamente o download dos artigos, e claro, facilitar o cambio de conhecimento.

Atenciosamente, A administração do RxECO.

DISCURSO DO EMBAIXADOR MEXICANO

Um discurso feito pelo embaixador Guaicaípuro Cuatemoc, de descendência indígena, sobre o pagamento da dívida externa do seu país, o México, embasbacou os principais chefes de Estado da Comunidade Européia.



A conferência dos chefes de Estado da União Européia, Mercosul e Caribe, em Madri, viveu um momento revelador e surpreendente: os chefes de Estado europeus ouviram perplexos e calados um discurso irônico, cáustico e de exatidão histórica que lhes fez Guaicaípuro Cuatemoc..



Eis o discurso:
"Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, para encontrar os que a "descobriram" só há 500 anos.. O irmão europeu da aduana me pediu um papel escrito, um visto, para poder descobrir os que me descobriram. O irmão financista europeu me pede o pagamento - ao meu país- ,com juros, de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei que me vendesse. Outro irmão europeu me explica que toda dívida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e países inteiros sem pedir-lhes consentimento. Eu também posso reclamar pagamento e juros. Consta no "Arquivo da Cia. das Índias Ocidentais" que, somente entre os anos 1503 e 1660, chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América.



Teria sido isso um saque? Não acredito, porque seria pensar que os irmãos cristãos faltaram ao sétimo mandamento!
Teria sido espoliação? Guarda-me Tanatzin de me convencer que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue do irmão.
Teria sido genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores, como Bartolomeu de Las Casas ou Arturo Uslar Pietri, que afirmam que a arrancada do capitalismo e a atual civilização européia se devem à inundação de metais preciosos tirados das Américas.



Não, esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata foram o primeiro de tantos empréstimos amigáveis da América destinados ao desenvolvimento da Europa. O contrário disso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito a exigir não apenas a devolução, mas indenização por perdas e danos.



Prefiro pensar na hipótese menos ofensiva.
Tão fabulosa exportação de capitais não foi mais do que o início de um plano "MARSHALL MONTEZUMA", para garantir a reconstrução da Europa arruinada por suas deploráveis guerras contra os muçulmanos, criadores da álgebra e de outras conquistas da civilização.
Para celebrar o quinto centenário desse empréstimo, podemos perguntar: Os irmãos europeus fizeram uso racional responsável ou pelo menos produtivo desses fundos?



Não. No aspecto estratégico, dilapidaram nas batalhas de Lepanto, em navios invencíveis, em terceiros reichs e várias formas de extermínio mútuo.
No aspecto financeiro, foram incapazes, depois de uma moratória de 500 anos, tanto de amortizar o capital e seus juros quanto independerem das rendas líquidas, das matérias-primas e da energia barata que lhes exporta e provê todo o Terceiro Mundo.

Este quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman, segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar e nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o pagamento do capital e dos juros que, tão generosamente, temos demorado todos estes séculos em cobrar. Ao dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmãos europeus, as mesmas vis e sanguinárias taxas de 20% e até 30% de juros ao ano que os irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo.



Nos limitaremos a exigir a devolução dos metais preciosos, acrescida de um módico juro de 10%, acumulado apenas durante os últimos 300 anos, com 200 anos de graça. Sobre esta base e aplicando a fórmula européia de juros compostos, informamos aos descobridores que eles nos devem 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata, ambas as cifras elevadas à potência de 300, isso quer dizer um número para cuja expressão total será necessário expandir o planeta Terra.



Muito peso em ouro e prata... quanto pesariam se calculados em sangue?



Admitir que a Europa, em meio milênio, não conseguiu gerar riquezas suficientes para esses módicos juros, seria como admitir seu absoluto fracasso financeiro e a demência e irracionalidade dos conceitos capitalistas.



Tais questões metafísicas, desde já, não inquietam a nós, índios da América. Porém, exigimos assinatura de uma carta de intenções que enquadre os povos devedores do Velho Continente e que os obriguem a cumpri-la, sob pena de uma privatização ou conversão da Europa, de forma que lhes permitam entregar suas terras, como primeira prestação de dívida histórica..."

Quando terminou seu discurso diante dos chefes de Estado da Comunidade Européia, Guaicaípuro Guatemoc não sabia que estava expondo uma tese de Direito Internacional para determinar a verdadeira Dívida Externa.

Editais financiam Pesquisas Ecológicas de Longa Duração e em Biodiversidade

Com o objetivo de apoiar a continuidade das pesquisas já estabelecidas e ampliar o número de sítios apoiados pelo Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) lança Edital para a seleção pública de propostas. A investigação dos padrões de funcionamento dos ecossistemas e impactos causados pelas perturbações antrópicas e mudanças globais devem compor uma rede de sítios de pesquisa distribuídos nos diversos ecossistemas brasileiros e a formação de um banco de dados.

São aproximadamente R$ 5 milhões liberados em três parcelas, uma por ano em 2009, 2010 e 2011. Os projetos terão o valor máximo para gastos de R$ 340 mil, exceto uma única proposta que será responsável pelo desenvolvimento e gestão do banco de dados que receberá até R$ 160 mil. O proponente deve possuir o título de doutor; ter seu currículo cadastrado e atualizado na Plataforma Lattes; ser um líder de excelência científico-tecnológica, com experiência de pelo menos cinco anos em pesquisas na área do projeto; ser obrigatoriamente o coordenador do projeto; ter vínculo empregatício/ funcional com a instituição de execução.

Os biomas e ecossistemas contemplados são a Amazônia; Mata Atlântica; Caatinga; Florestas Subtropicais; Cerrados; Campos e Campos de Altitude; Pantanais e Áreas Alagáveis; Restingas, Dunas e Manguezais; Estuários e Zonas Costeiras; Águas Oceânicas e Águas Continentais. As propostas devem ser encaminhadas exclusivamente por meio do Formulário de Propostas On line , disponível na Plataforma Carlos Chagas , até o dia 23 de novembro.

Os projetos devem conter objetivos claramente alinhados com pelo menos três temas. Fluxo de energia e produtividade primária; Dinâmica de nutrientes; Conservação da diversidade biológica; Dinâmica de populações e organização de comunidades e ecossistemas; Padrões e frequência de perturbações naturais e impactos antrópicos e seus efeitos sobre populações, comunidades e ecossistemas; Restauração de ecossistemas; Ecologia de espécies invasoras; Eco-hidrologia; Eco-epidemiologia; Valoração de serviços ambientais e Educação ambiental compõem o leque temático.
Sítios

Na constituição de sítios devem ser observados o fornecimento de respostas às necessidades de pesquisa, desenvolvimento e inovação sobre a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais; o f ortalecimento da interação entre grupos de pesquisas sobre conservação e manejo da biodiversidade e processos ecológicos de longo prazo; a criação de bancos de dados de longo prazo sobre a dinâmica de populações, comunidades e ecossistemas, com livre acesso ao público; a promoção de comprometimento institucional para manutenção dos sítios e o estímulo à parcerias entre grupos de pesquisa e com programas de pós-graduação e a ampliação da formação de recursos humanos capacitados em pesquisas ecológicas de longa duração, dentre outros.

Para mais informações consulte o Edital: http://www.cnpq.br/editais/ct/2009/059.htm .
Pesquisa em Biodiversidade

Para fortalecer o Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio), o CNPq lança, também, o Edital 060/2009 apoiando financeiramente projetos que visem contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico do país, articulando as competências regionais para que o conhecimento sobre a biodiversidade brasileira seja ampliado e disseminado de forma planejada e coordenada por meio de redes de pesquisa voltadas à identificação, caracterização, valorização e ao uso sustentável da biodiversidade.

Pretende-se dar continuidade ao Programa por meio de apoio a três Redes de Pesquisa em Biodiversidade nos estados que compõem a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão) e a região do Semiárido. A implementação é realizada em articulação com agências de fomento à pesquisa e com apoio de institutos designados para exercerem a função de núcleos executores. Os recursos estimados em aproximadamente R$ 9,5 milhões são provenientes do orçamento do MCT.

As propostas de formação de Redes deverão contemplar os seguintes objetivos: Implantação e manutenção de estudos regionais de inventário da biota,Modernização de acervos biológicos, Pesquisa e desenvolvimento em áreas temáticas da Biodiversidade, Apoiar o sistema de informação, de base de dados e gerenciamento de repositórios da informação sobre a biodiversidade brasileira. Cada Rede de Pesquisa poderá receber até aproximadamente R$ 3,1 milhões.

O proponente deve possuir título de doutor, ter vínculo empregatício com a instituição executora do projeto, e ter currículo cadastrado na Plataforma Lattes. As inscrições devem ser encaminhadas ao CNPq exclusivamente por intermédio do Formulário de Propostas On line , disponível na Plataforma Carlos Chagas , até o dia 24 de novembro.

Confira o edital completo em: http://www.cnpq.br/editais/ct/2009/060.htm .

Selo: Esse disperta a consciência ecológica!

Olá amigos blogueiros, criamos esse selo para presentear aqueles blogs que desenvolve belíssimos trabalhos com essa questão ambiental e ecológica.
De acordo com os termos de indicação, o selo homenageia os melhores blogs.

As regras para as indicações são:

1) Colocar o prêmio em situação visível ou linká-lo;
2) Anunciar através de um link, o blog que o premiou e premiar até outros 15 blogs, avisando cada blogueiro sobre a premiação.

Copiem e colem o selo abaixo em seu Blog:

Agradecimento


Olá amigos que nos acompanham e nos visitam, mais uma vez venho agradecer pelos selos que os amigos nos confere. A amiga Rosângela do blog http://ciencisagora.blogspot.com/, nos honra imensamente com a indicação do selo temático ambiental " Não faço parte do problema. Faço parte da solução."
É com grande satisfação que faço as minhas indicações.

Mestrado em Ciência e Tecnologia ambiental oferece 21 vagas

O Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental (MCTA), da Universidade Estadual da Paraíba, está oferecendo 21 vagas para graduados em mais de 10 áreas do conhecimento, cujos diplomas tenham sido obtidos em Instituições de Ensino Superior reconhecidas pelo Conselho Nacional de Educação. O MCTA é recomendado pela Capes, tem duas áreas de concentração (Tecnologia Ambiental e Ciência Ambiental) e trës linhas de pesquisa (Saneamento Ambiental, Ecologia do Semi-árido e Física e Meio Ambiente). Conta com uma significativa cota de bolsas.
As inscrições vão até o dia 27 de novembro. O processo de seleção será desenvolvido em trës etapas: prova de língua estrangeira, prova de conhecimento específico e entrevista. No ato da inscrição o candidato, além de documentos pessoais e comprovante de conclusão de curso, deve apresentar cartas de recomendação, ante-projeto de pesquisa e currículo Lattes. Podem concorrer candidatos oriundos de cursos como Biologia, Bioquímica, Engenharia Civil, Engenharia Sanitária, Engenharia Ambiental, Química, Engenharia Química, Química Industrial, Agronomia, Física e Ecologia.

CONHECENDO A ECOLOGIA MICROBIANA DO SOLO


Os microrganismos apresentam versatilidade metabólica e toleram várias condições ambientais desfavoráveis para organismos macroscópicos; além disso, devido a seu tamanho diminuto, estão sujeitos à dispersão por vários meios (e.g. vento, água, animais). Essas são as principais causas da ubiquidade dos microrganismos na natureza. No solo, a diversidade e a densidade microbiológica, assim como suas funções, estão relacionadas a características intrínsecas desse

O solo é um habitat extremamente peculiar com relação a outros habitats terrestres, em vista de sua natureza homogênea, complexa e dinâmica. Tais características permitem que organismos com metabolismos díspares possam conviver lado a lado, interagindo em estado de equilíbrio dinâmico muitas vezes com relações de dependências essenciais para sua sobrevivência, proporcionando, assim, condições ideais para uma biodiversidade extremamente elevada. Essas mesmas características são o principal impedimento para a introdução de tecnologias de manejo biológico, cujo efeito no solo é, em muitos casos, impossível de prever. Nesse sentido, o solo pode ser considerado como uma “caixa-preta”, e muitos esforços têm sido feitos para o desenvolvimento de técnicas que possibilitem estudos visando identificar seus componentes abióticos e bióticos, além da interação entre eles e sua participação nos processos do solo.

Os componentes bióticos apresentam-se na seguinte ordem hierárquica:

Genes —» Células —» Órgãos —» Organismos —» Populações —» Comunidades —» Ecossistemas

Uma população consiste em muitos organismos de um mesmo tipo vivendo juntos e uma comunidade consiste em populações de tipos diferentes que vivem no mesmo lugar. As comunidades biológicas e os componentes abióticos (matéria e energia) do ambiente físico-químico formam os ecossistemas, que podem diferir em extensão; podem, ainda, ser bastante amplos como uma floresta, ou diminutos como o trato intestinal de uma minhoca ou a rizosfera de uma planta. O nicho ecológico compreende o espaço físico ocupado por um organismo, seu papel funcional na comunidade e suas características de adaptação a condições ambientais.

Ecologia do solo é a parte da biologia que tem por objetivo o estudo das relações entre os seres vivos com seu meio natural e da sua adaptação ao ambiente ou, segundo Odum (1971), é o estudo da estrutura e função do ecossistema. A estrutura compreende: a composição da comunidade biológica (número de espécies e de indivíduos, biomassa e distribuição espacial das populações), quantidade e distribuição dos componentes abióticos e faixa gradiente das condições ambientais. A função envolve processos relacionados com: fluxo de energia, ciclagem biogeoquímica e regulação mútua dos organismos e do ambiente.

O solo como habitat é um sistema heterogêneo, descontínuo e estruturado, formado por micro-habitats discretos com diferentes características químicas, físicas e comunidades biológicas. Tais características são altamente interdependentes, de modo que não se pode modificar nenhuma delas sem modificar as demais. Além disso, algumas podem ser medidas, enquanto a mensuração de outras não é possível com o conhecimento atual. O micro-habitat ou microssítio é o local particular - ou volume do solo - onde células, populações ou comunidades microbianas são encontradas e cujo status físico-químico (microambiente) influencia seu comportamento, que, por sua vez, também influenciam o ambiente dentro desse espaço.

Microambiente do solo é uma situação físico-química na qual a célula, populações ou comunidades microbianas em particular encontram-se num dado momento. Diversos fatores físicos e químicos atuam simultaneamente determinando as condições ambientais, que são dinâmicas, devido à interação dos diversos fatores.

Para entender melhor a ecologia do solo é importante ressaltar alguns dogmas:

a) a comunidade reflete seu habitat;

b) um organismos se multiplica até que limitações bióticas ou abióticas sejam impostas contrabalançando a taxa de crescimento;

c) quanto maior a complexidade da comunidade biológica, maior sua estabilidade;

d) para qualquer mudança de um fator, um ótimo diferente passa a existir para todos os outros.

O equilíbrio biológico de um ecossistema baseia-se nas seguintes premissas:

Complexidade biológica —» Garante relações diversas —» Limita a explosão populacional —» Gera equilíbrio

Ou seja, uma elevada complexidade biológica garante relações diversas, as quais limitam a explosão populacional, gerando, assim, condições de equilíbrio biológico do sistema. A complexidade biológica é função direta da diversidade genética da comunidade, que é definida pelo número de espécies, indivíduos e processos. As relações entre os organismos tanto podem ser positivas como negativas. Estas últimas são necessárias porque evitam explosões populacionais. Uma comunidade em equilíbrio com seu ambiente sofre menor efeito de fatores externos e está sob estado denominado tampão biológico. A diversidade genética das comunidades também ocasiona diversidade funcional: a mesma função é executada por diferentes espécies, o que é denominado redundância funcional. Além disso, uma mesma espécie pode ter várias funções (ou seja, cada espécie participa de diferentes processos). A redundância contribui para a estabilidade dos ecossistemas. Assim, solos com comunidades diversas de organismos são mais resilientes, ou seja, recuperam-se melhor dos estresses porque, quando condições ambientais se tornarem adversas para uma ou mais populações com a mesma função (i.e., executam o mesmo processo) outras populações adaptadas àquela nova condição ambiental poderão substituí-las na realização do mesmo processo, que assim poderá ter continuidade.

Denuncia. Crueldade com os animais.

Com uma câmera escondida filmaram animais sendo retirada a pele todos ainda vivos, dizem que é para permitir um corte limpo, depois as carcaças são jogadas em pilhas ainda vivos e por mais ou menos 10 minutos o coração bate e olhos piscam e as patas dos cães tremem, teve um que levantou a cabeça e fixou os olhos ensanguentados direto para câmera.

O vídeo que se segue é de uma violência dolorosa. Os seus silêncios atingem o fundo cada um de nós. Protegendo os animais tornamo-nos maiores. O planeta não é nosso, apenas o dividimos entre todos.

Cuidado ao ver o vídeo, é mesmo muito violento.



Pledge to go fur-free at PETA.org.

Ecoturismo e a consciência ambiental


Contato com a natureza aproxima a população das questões ambientais e
promove a conservação da biodiversidade

Através da aproximação física e afetiva entre cidadãos e seus
patrimônios históricos e naturais, o ecoturismo é uma das formas mais
eficientes de promover a responsabilidade sócio-ambiental. No quesito,
Minas Gerais é referência entre os estados brasileiros, tanto por sua
biodiversidade, quanto por suas políticas públicas preservação. Com
uma vegetação composta majoritariamente por paisagens da Mata
Atlântica e do Cerrado, apresenta belas espécies da flora e da fauna,
além de sítios arqueológicos de inestimável valor.

Atualmente, o estado possui 34 parques sob responsabilidade do poder
público, sendo sete deles abertos à visitação, com infraestrutura para
turismo e pesquisa científica. A eles, o Governo Estadual assegura a
manutenção da mata virgem e do equilíbrio ecológico. Esta é também uma
das contribuições do Governo de Minas Gerais para o combate dos
efeitos do aquecimento global no planeta. Para se ter uma idéia, as
matas nativas são responsáveis pelo seqüestro de 1,5 bilhão de
toneladas de gás carbônico da atmosfera por ano.

Entre os parques, destaca-se a Serra do Espinhaço, reconhecida, há
quatro anos, como reserva mundial da biosfera pela Unesco. Neste
complexo de montanhas, com 3 milhões de hectares de área, esta
localizado um dos mais importantes viveiros de aves e um herbário, que
facilita a identificação das diversas espécies de plantas. Vale
ressaltar que, das 553 reservas da biosfera reconhecidas pela Unesco,
sete estão no Brasil, entre elas a Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga,
três biomas que formam a vegetação de Minas Gerais.

Segundo os órgãos de proteção, estes espaços são fundamentais para o
desenvolvimento de uma consciência ambiental e cultural. Locais que
além de muita beleza natural, narram a história ambiental do pais.
Criado por lei em 1944, a Serra do Espinhaço foi um importante palco
da luta pela conservação ambiental do Brasil, durante a década 30. Por
seu ativismo, Dom Helvácio Gomesa, arcebispo do município de Mariana,
ficou conhecido como ?o bispo das matas virgens? por liderar as
primeiras manifestações pela transformação do espaço em parque estadual.

Já o Parque do Itacolomi proporciona o contato com a memória
econômica, cultural e social do estado, em relação direta com as
belezas de sua fauna e da flora. Nele, foi inaugurado recentemente o
Museu do Chá, que resgata a história da plantação de chá do século
passado, abandonada após a Segunda Guerra Mundial. Além dos
maquinários, os visitantes encontram fotos e objetos de época e um
documentário apresentando a história do chá, desde sua origem na China
até a sua introdução na região de Ouro Preto.

Outros cinco parques estaduais também estão abertos ao público:
Ibitipoca, Nova Baden, Rio Preto, Serra do Brigadeiro e Serra do
Rola-Moça. Todos são áreas de proteção ambiental sob a tutela do
Instituto Estadual de Florestas (IEF). Mais 27 Parques Estaduais estão
sendo criados pelo Governo de Minas Gerais para que também estejam
habilitados a receber o público. Em consonância, o estado tem
investido na conservação de áreas protegidas e na fiscalização ao
desmatamento de vegetação nativa, o maior causador do efeito estufa no
Brasil, fato que ainda coloca o país entre os cinco maiores emissores
de gases no mundo.

Com a nova legislação florestal, por exemplo, a região estabeleceu
regras mais rigorosas para consumo e preservação de seus principais
biomas, a Mata Atlântica e o Cerrado. A nova lei define prazo de 20
anos para a recomposição das Áreas de Preservação Permanente
utilizadas para atividades do agronegócio. A meta é ampliar a
cobertura vegetal nativa no território mineiro até 2023. A nova
legislação ainda estabelece novas regras para recomposição de matas
nativas e cronograma para redução do uso de produtos provenientes de
matas nativas, em especial o carvão utilizado pelas indústrias de
ferro gusa.

Mais informações:

Site do IEF: http://www.ief.mg.gov.br/

Secretaria do Meio Ambiente de Minas Gerais: http://www.semad.mg.gov.br/

Blog do Governo de Minas Gerais: http://blog.mg.gov.br/

Abertas as inscrições para o 4º Prêmio Brasil de Meio Ambiente

Até 30 de outubro

Empresas, instituições, órgãos públicos, ONGs e agências de comunicação de todo o Brasil já podem se preparar para concorrer ao 4º Prêmio Brasil de Meio Ambiente. As inscrições estão abertas até 30 de outubro.

Cada instituição pode participar com projetos em até duas das seguintes categorias: Ar; Água; Fauna e Flora; Educação Ambiental; Resíduos; Eficiência Energética; Eco-Turismo; Meio Ambiente - Âmbito Municipal; Meio Ambiente - Âmbito Estadual; Meio Ambiente - Âmbito Federal; Ação de Comunicação Social em Meio Ambiente; Campanha Publicitária sobre Meio Ambiente.

Idealizado pela Editora JB/JB Ecológico, o prêmio tem por objetivo divulgar iniciativas que busquem conciliar atividades produtivas com a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável, estimulando a continuidade e ampliação da consciência ambiental em todo o país.

Os critérios de avaliação dos projetos envolvem o cumprimento dos objetivos, seu grau de inovação e replicabilidade, a abrangência, a criatividade nas soluções apresentadas, a utilização de tecnologias limpas ou inovadoras e a sustentabilidade do projeto. A premiação acontecerá no Rio de Janeiro, no início de 2010.

Mais informações no site do prêmio: www.jb.com.br/4pbma

Selo "Esse Blog é Vip"


Olá amigos!
Essa felicidade parece que não vai ter fim. Desta vez, o nossa amiga Rosangela Viana do blog http://www.ciencisagora.blogspot.com/ nos agraciou com mais uma, honrosa indicação. Mas um selo para nós e como não poderia deixar de indicar os meus amigos, parceiros e colaboradores.

Aos meus indicados, podem repassar o selo a quantos blogs desejarem. Muito obrigada pela terna atenção.

Um abraço a todos.

Selo Blog Dorado!


Olá amigos blogueiros, mais uma vez, estamos sendo honrados com um selo. Desta vez, o nossa amiga Rosangela Viana do blog http://www.ciencisagora.blogspot.com/ que nos presenteou.
De acordo com os termos de indicação, o selo homenageia os melhores blogs e tem sua simbologia nas cores que utiliza: a cor azul representa paz, profundidade e imensidão, enquanto a cor dourada ressalta a sabedoria, riqueza e a claridade das idéias.

As regras para as indicações são:

1) Colocar o prêmio em situação visível ou linká-lo;
2) Anunciar através de um link, o blog que o premiou e premiar até outros 15 blogs, avisando cada blogueiro sobre a premiação.

BRASIL GANHA NOVO PARQUE EÓLICO







No ultimo dia 20 de agosto, o Brasil ganhou um novo Parque Eólico, localizado no Ceará. O empreendimento é fruto da aliança entre dois grandes líderes no setor energético na América Latina: Cemig e IMPSA. Com 325 hectares e 19 aerogeradores, o Parque Eólico de Praias de Parajuru é o primeiro de três usinas a serem construídas no estado. Ainda serão instaladas as centrais: Praia do Morgado e Volta do Rio, no município de Acaraú. Juntas, terão capacidade para gerar 99,6 MW. A intenção é que nos próximos 20 anos esta energia gerada seja comercializada para a Eletrobrás.


Limpa e renovável. Assim é a fonte eólica, considerada a mais natural do planeta. Essa alternativa é gerada em parques que concentram vários aerogeradores – turbinas em forma de cata-vento ou moinho instaladas em regiões de ventos fortes. É utilizada para substituir combustíveis naturais (não renováveis e sujeitos a escassez), como o carvão, petróleo e gás natural, auxiliando na redução do efeito estufa e, consequentemente, no combate ao aquecimento global.


Pioneira na operação de usina eólica no País, ao construir a Usina Morro do Camelinho, em 1994, a Cemig tem mais de 90% de fontes limpas. O presidente da Companhia, Djalma Bastos de Morais, destaca que a participação nos parques eólicos está em conformidade com a estratégia da empresa e do Governo de Minas que é de "crescer de forma sustentável, econômica, social e ambiental."


Líder latino-americana em energias renováveis, a IMPSA considera o Brasil um mercado chave. A empresa argentina está trabalhando na implantação de mais outros 10 parques eólicos no País, na região de Santa Catarina. "Pretendemos desenvolver uma matriz energética mais equilibrada e limpa no País", diz o representante da IMPSA no Brasil, Luis Pescarmona.


Os parques eólicos fazem parte do Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), desenvolvido pelo Governo Federal, sob coordenação do Ministério de Minas e Energia (MME). A iniciativa visa fomentar o desenvolvimento das fontes renováveis como as eólicas, biomassas, solares, e de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH's).

Minas Gerais altera Lei Ambiental


Estado aprova lei pioneira no pais, restringindo para 5% o uso de matéria-prima de florestas originais para empresas em sua produção anual

Na primeira semana de agosto Minas Gerais foi sede de um dos mais importantes eventos do calendário ambiental no mundo, o 2020 Climate Leadership Campaign, que estabeleceu metas para a redução em 30 anos do tempo para que se atinja o controle do aquecimento global. Alinhada com a proposta no evento, a Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG) anunciou na terça-feira (11), alterações na Lei Florestal. As mudanças visam principalmente o controle e redução do uso de florestas por empresas e indústrias mineiras.

As alterações preveem que até 2018 apenas 5% das florestas nativas sejam utilizadas como matéria-prima. O antigo texto afirmava que a vegetação original poderia ser utilizada em sua totalidade, desde que as empresas consumidoras replantassem duas árvores para cada uma derrubada. Sua implementação será gradual, com o percentual de utilização diminuindo em períodos de anos, até que chegue aos 5% de 2018. Entre 2009 e 2013 as indústrias poderão utilizar 15% de mata nativa em seu consumo anual total. Entre 2014 e 2017 esse percentual cairá para 10%, sendo finalmente reduzido a 5% após este segundo período.

Para incentivar a redução imediata no consumo, no entanto, o Governo mineiro promoveu também alterações na parte da lei que trata da reposição de árvores. As empresas que optarem por manter o consumo de matéria-prima florestal nativa, até o limite de 15%, terão de observar novos critérios de reposição. A utilização de 12 a 15% de consumo total proveniente de mata nativa exige a reposição do triplo do consumido, ou seja, plantar três árvores para cada utilizada. Para a faixa entre 5 e 12%, a reposição será mantida com o dobro do consumido. Para o consumo de até 5%, a reposição será simples, de um para um.

Ainda sobre a reposição de árvores, os consumidores tem novas opções para o replantio: podem optar pela participação em projetos sócio-ambientais com foco na proteção e recuperação da biodiversidade, em projetos de pesquisa científica, para recuperação de ambientes naturais junto a instituições nacionais e internacionais, ou em programas de recomposição florestal ou plantio de espécies nativas, implantação de unidades de conservação e no aperfeiçoamento técnicos os órgãos ambientais.

Outra importante modificação da lei é o sistema eletrônico de rastreamento do transporte de produtos e subprodutos florestais no Estado, permitindo um melhor controle dos pontos de carga e descarga em Minas Gerais. As empresas transportadoras que atuam no estado deverão instalar dispositivos eletrônicos em todos os caminhões e estes serão monitorados por satélite. O aparelho que será instalado nos veículos permitirá o acompanhamento da trajetória da carga identificando todos os pontos de parada desde a origem até o destino da carga.

As alterações lei fazem parte do Projeto Estruturador Conservação do Cerrado e Recuperação da Mata Atlântica, que visa diminuir a incidência de devastação nas duas localidades por meio de ações sociais e governamentais voltadas ao meio ambiente. Só em 2008 mais de R$ 10 milhões foram investidos pelo Governo de Minas Gerais na recuperação de áreas ambientais devastadas. Com as adequações feitas na lei Minas pode se tornar em breve um estado modelo no Brasil. Atualmente Minas Gerais é o único estado brasileiro no qual este tipo de lei ambiental está regulamentada.

Confira abaixo as oito principais alterações promovidas na lei ambiental de Minas Gerais:

1 – Fixação de cotas decrescentes (15% a 5%) até 2018 para consumo de matérias-primas originadas de floresta nativa.

2 – estabelecimento de regras mais rigorosas em relação ao não cumprimento dos cronogramas de suprimento estabelecidos, inclusive com a possibilidade de redução obrigatória da capacidade de produção para as empresas que não se enquadrarem nas novas regras estabelecidas, incluindo a paralisação de suas atividades;

3- eliminação do dispositivo que permitia às indústrias de ferro gusa consumirem até 100% da sua demanda, com carvão vegetal de florestas nativas, mediante ressarcimento em dobro da reposição florestal;

4 – implantação de um sistema eletrônico de rastreamento do transporte de produtos e subprodutos florestais no estado, permitindo o controle eficiente dos pontos de carga e descarga destes produtos, aliando-se desta forma o controle da produção e consumo destes insumos;

5 – estímulo de mecanismos alternativos à formação de plantações florestais, através de comercialização de créditos de carbono tanto pelo aumento de estoques florestais, quanto pela adoção de alternativas de substituição energética.

6 – Novo sistema de cadastramento de produtores e consumidores de produtos e subprodutos florestais incluirá transportadores de madeira.

7 - Uma inovação é apresentada pela emenda nº 9, que define, pela primeira vez na legislação, a destinação dos recursos obtidos com a arrecadação de multas ambientais. A emenda estabelece que 50% dos recursos serão aplicados no programa Bolsa Verde, que consiste em pagamentos de serviços ambientais prestados por produtores rurais.

8 - A emenda nº 4 amplia de oito anos, como previsto anteriormente, para o máximo de nove anos, o prazo para que os consumidores de produto ou subproduto da flora (madeira, estéreos ou carvão) promovam o suprimento de suas demandas com florestas de produção na proporção de 95% do consumo total de matéria-prima florestal. Dessa forma, a adequação deverá ser feita até o ano agrícola 2019-2020.

By: Leonardo Sacco

Parque Estadual do Itacolomi e do Ibitipoca - MG

Seguindo sugestão de postagem:


Será abordado um conteúdo de dois parques estaduais, que estão entre os mais procurados pontos turísticos de Minas Gerais: o parque do Itacolomi e do Ibitipoca. Ambos são unidades de conservação que além de preservar a natureza, geram capital no setor do turismo para a região.







Exemplos de unidade de conservação são fortes destinos turísticos

Há cerca de 700 parques estaduais espalhados pelo Brasil. Essas unidades, criadas com o objetivo de diminuir os efeitos da destruição dos ecossistemas, tem como objetivo manter a diversidade biológica da região, protegendo espécies, preservando e restaurando. Além disso, também estimulam o desenvolvimento econômico, por meio do turismo, e incentivam atividades de pesquisa científica. Em Minas Gerais, os Parques Estaduais do Itacolomi e o Ibitipoca são exemplos da relação positiva entre cidadãos, iniciativa privada e pública com o meio ambiente.
Criado em 1967, o Parque Estadual do Itacolomi esta localizado nos municípios de Mariana e Ouro Preto. Com uma área de 7.543 hectares de mata em que predomina quaresmeiras e candeias ao longo dos rios. Já nas partes mais elevadas podem ser encontrados alguns campos de altitude com afloramentos rochosos. A região abriga diversas nascentes e espécies de animais raros, ameaçados de extinção, que vivem na unidade. Entre eles o lobo guará, a ave-pavó, a onça parda e o andorinhão de coleira. Os visitantes também podem encontrar espécies de macacos, pacas e aves.

É no parque que se encontra um registro histórico da ocupação da região: a Casa Bandeirista, construída entre 1706 e 1708, para a vigilância, cobrança de impostos e defesa ao acesso de minas de ouro. Em seu interior acontece a exposição permantente “Viajantes Naturalistas”, na qual foram reunidos artefatos, ferramentas e objetos de estrangeiros que vieram para o Brasil no século XVIII em busca de informações sobre história natural e entender os hábitos e o modo de vida da população local. Outro destaque é o vídeo projetado com imagens feitas por desenhistas, pintores, coletadores e servos onde estão registradas informações que hoje são de grande valia para a botânica, a zoologia, a ecologia, a antropologia e a história.

Com uma média de 600 visitantes por mês, o Itacolomi pertence ao Circuito Turístico do Ouro e conta com centro de visitantes, auditório para 80 pessoas, camping com espaço para 30 barracas, restaurantes, lavanderias, banheiros com chuveiros quentes, churrasqueiras, heliporto, estacionamento, 5 alojamentos para pesquisadores com capacidade para 40 pessoas e exposição sobre a biodiversidade e a história da região.

Outra unidade de conservação que cumpre seu papel na região é o Parque Estadual do Ibitipoca. Criado em 1973 e localizado na Zona da Mata, nos municípios de Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipoca, com uma área de 1.488 hectares, ele é o parque estadual mais visitado de Minas Gerais.

O local conta com uma fauna rica em espécies ameaçadas de extinção, como a onça parda, o lobo guará e o guigó. Mas são encontrados também sagüis, coatis e até uma espécie de perereca, intitulada “Hyla de Ibitipoca”, que foi catalogada pela primeira vez na região. Já na flora, o traço mais marcante são as “barbas-de-velho”, um líquen verde-água, preso aos galhos das árvores, que marca a paisagem do local. Ainda se encontram diversas espécies de orquídeas, bromélias, samambaias e campos rupestres.

Entre 2007 e 2008, o parque recebeu R$570 mil de investimentos do Promata para a pavimentação de trechos da estrada interna. Com cerca de 60 mil visitantes por ano, a unidade está inserida no Circuito Turístico da Serra do Ibitipoca. Em sua infraestrutura, o Parque Estadual do Ibitipoca conta com casa de hóspedes, camping com capacidade para 15 barracas, alojamentos e casa para pesquisadores com espaço para 20 pessoas, restaurante, centro de visitantes com exposição interativa e abre diariamente das 07:00h até as 17:00 para visitantes e até as 17:30 para campistas.

Crédito das fotos: Evandro Rodney.
Escrito por:
Thamires Andrade

Instituto Estadual de Florestas reassenta famílias mineiras




Iniciativa alia preservação do meio ambiente e melhorias na qualidade de vida dos moradores que habitam o Parque do Itambé


Pela primeira vez no Brasil, Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Minas Gerais esta colocando em prática o reassentamento de famílias que habitam no Parque Estadual do Pico do Itambé. A iniciativa tem como objetivo preservar a unidade e promover melhorias na qualidade de vida dos moradores, que viviam em condições precárias no seu interior. As propriedades rurais ocupavam todo o parque, composto de 6.520 hectares.

Charles Alessandro, gerente de regularização fundiária do Insituto, explica que o reassentamento é necessário em unidades de conservação de proteção integral, como o Parque do Itambé. Nesses casos, a lei 9.985/2000 determina que as famílias devam, no processo de regularização fundiária, ser reassentadas em melhores condições do que as que viviam anteriormente. Das 27 famílias abrigadas no local, nove optaram pelo reassentamento e 18 pela idenização.

Além de terras, que variam de 5 a 100 hectares, com casa, água, luz e fossa séptica, as famílias terão a assessoria de um técnico agrícola durante um ano. Já as indenizações serão efetuadas no valor de R$ 2,307 milhões. “No começo houve resistência, mas as famílias participaram do processo e escolheram a terra. Elas estão saindo de casas de pau-a-pique para casas de alvenaria, com luz e energia e estarão a apenas 15 minutos do município de Santo Antônio do Itambé, que antes ficava a 4 horas de caminhada de suas casas”, informa a gerente do Parque, Mariana Gontijo.

As melhores condições que o IEF busca dar as pessoas e a natureza já estão sendo notadas. José Maria Ribeiro, por exemplo, está saindo de uma propriedade com 125 hectares para uma de 10 hectares e muito feliz. “Achei bom, tem lugar para lavoura, para pasto, fico mais perto da família e não preciso ir para Diamantina e Curvelo achar um “bico” para me manter” diz o guarda-parque, que vivia em uma área que não podia ser explorada economicamente.

O Parque do Itambé foi criado pelo Decreto nº 39.398, de 21 de janeiro de 1998, possuindo originalmente uma área aproximada de 4.696 hectares, sendo alterada para mais de 6.520 hectares em 2006. Está localizado nos municípios de Santo Antônio do Itambé, Serro e Serra Azul de Minas. A unidade de conservação abriga nascentes e cabeceiras de rios das bacias do Jequitinhonha e Doce e o Pico do Itambé, um dos marcos referenciais do Estado com seus 2.002 metros de altitude. A vegetação predominante é de cerrado e campos rupestres de altitude, onde ocorrem espécies raras e endêmicas de orquídeas. Em relação à fauna, destacam-se a onça-parda e do lobo-guará, espécies ameaçadas de extinção.

O esforço de regularização fundiária e os investimentos na infraestrutura acontecem em paralelo a outras ações que permitirão a abertura do parque ao público em 2010. Dessa forma, o meio ambiente ganha destaque e o desenvolvimento sustentável consegue ser aplicado da maneira correta. Depois de visitas técnicas para a identificação de trilhas ecológicas haverá também um curso de condutores para a comunidade. A formação desses guias turísticos vai possibilitar geração de emprego e renda na região e aumentará a conscientização sobre a preservação ambiental.

Vale destacar que iniciativa não é isolada no estado. Minas Gerais foi considerada pelo Diagnóstico da Situação Financeira de Sistema de Unidades de Conservação, iniciativa da The Nature Conservantion (TNC) em parceria com a Conservação Internacional (CI), SOS Mata Atlântica e Fundo Brasileiro para Biodiversidade, como o estado com o maior índice de implantação, investimento e planejamento de unidades de conservação do Brasil.


Por: Thamires Andrade

thamires@webcitizen.com.br

www.blog.mg.gov.br



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