SOBERANIA BRASILEIRA NA AMAZÔNIA

A cada dia que passa, aumentam as pressões internacionais sobre a soberania brasileira na Amazônia. A operação de conquista já começou. Ataques econômicos, políticos e ideológicos são freqüentes. As chances de uma futura tentativa de intervenção são imensas.
As tentativas começaram no início do século passado, jamais desapareceram e agora constituem risco iminente. As riquezas da região, mais do que as preocupações ecológicas, levam os países desenvolvidos a contestar a soberania brasileira sobre a Amazônia, sob o pretexto de que eles precisam cuidar das florestas e do ar que respiram.
Tentativas e ambições internacionais de interferir na Amazônia brasileira tem sido amplamente relatada na imprensa. Os textos abaixo são exemplos tirados de artigos da imprensa em geral e de publicações militares :
“Em abril de 1817, o capitão da Marinha dos Estados Unidos, Mathew Fawry, famoso por seus trabalhos em oceanografia, enviou à Secretaria de Estado um estranho mapa da América do Sul, redesenhada por ele. O mapa ia em adendo a um memorando secreto que ele havia encaminhado em 1816, sob o título “Desmobilization of the Colony of Brazil”. O comandante Fawry não era obrigado a conhecer detalhes de nossa política, porque naquele ano não éramos mais colônia de Portugal. Havíamos passado a Reino Unido a Portugal e Algarves, por ato de D. João VI, mas isso era de menor importância para os objetivos do brilhante oficial naval americano.
Porque no mapa, e no memorando anterior, ele sugeria que os Estado Unidos tomassem a iniciativa de estimular a criação do “Estado Soberano da Amazônia”, incluindo a região limitada pelas guianas atuais, pela fronteira da Venezuela e da Colômbia, ao Norte, e, ao Sul, por uma linha reta que começaria por São Luís do Maranhão e hoje terminaria no ponto extremo onde Rondônia se limita com Mato Grosso.
As sugestões de Mr. Fawry não paravam aí, em sua intenção de desestabilizar o Brasil, porque sugeria também a criação da república do Equador, que nada tinha a ver com esse país, mas englobaria os atuais Estados brasileiros de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e parte do Maranhão. Queria, ainda, a “Província Autônoma da Bahia” e, lá em baixo, a “República Riograndense”. O que sobrasse seria o Brasil...” “...em plena Guerra Civil americana, Lincoln faz a Proclamação de Emancipação, a 22 de setembro de 1862, declarando “desde já e para sempre livres todos os escravos existentes nos Estado rebeldes”. Com a vitória da União, o presidente americano encontra-se com uma representação dos negros libertados e lhes sugere, conforme proposta do general James Watson Webb, ministro plenipotenciário de Washington junto à Corte de D. Pedro II, a criação de um Estado Livre dos negros americanos. Onde? Na Amazônia... D. Pedro II perdeu noites de sono mas, ao final, foi salvo pelo próprio grupo de negros que Lincoln havia convocado. A resposta deles foi: “Não aceitamos a proposta, porque este país também é nosso!” E ficaram por lá mesmo, até hoje.” “Em 1948 tivemos o impacto do projeto da UNESCO, conhecido por Instituto Nacional da “Hiléia Amazônica”, aprovado naquela organização até pelo representante brasileiro e não homologado pelo nosso legislativo. Esse projeto já previa a internacionalização da nossa Amazônia.” “... o Instituto Internacional da Hylea Amazônica no qual o Brasil, apesar da extensão da sua Amazônia, teria apenas um voto, igual ao do Equador ou da Bolívia, e, muito pior, igual ao da França ou da Holanda que tinham na região pequenas colônias, as Guianas... Levantaram-se, na Câmara, o ex-Presidente Bernardes e, no Senado, o representante do Pará, Augusto Meira. Incrível que pareça, a “grande” imprensa brasileira deu apoio à idéia. Prevaleceu o patriotismo do Congresso e das Forças Armadas, com um “basta” do Chefe do EME, o saudoso General Lima Brayner.”
“Os derrotados deram um tempo e reapareceram com o Projeto Hudson em 1967-68, do americano Herman Kalin. Iria inundar área amazônica Sistema de grandes Lagos Amazônicos-equivalente ao Estado de São Paulo, para represar o grande rio e permitir navegação até as minas da Bolívia, Peru e Venezuela, fornecedoras de matéria-prima para as indústrias metalúrgicas dos Estados Unidos. O Brasil receberia em troca dos danos da barragem (inclusive submersão de parte de Manaus) uma hidroelétrica gigantesca (falava-se em 100 milhões de KW), muito distante dos centros de consumo do País e sem consumo local.” “Na conferência de Haia, em 1989, os franceses afirmaram que os detentores das florestas tropicais úmidas devem compreender que sua soberania sobre elas é relativa. O Departamento de Estado Norte-americano, através de Warrem Christopher, reiterou o interesse prioritário dos Estados Unidos sobre o meio-ambiente.”

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